Lucio Cândido Rosa: Alma após a morte – Separação da alma e do corpo
Caro Leitor!
Quem de nós está livre de passar por um momento tão doloroso como esse, quando a morte acontece de forma acidental, sem nenhuma explicação, quando morre prematuramente um de nossos filhos, ou crianças em tenra idade.
Falo para você, que está lendo esse artigo, para que não sofra mais, embora seja excepcionalmente impossível, porque a dor da separação é inevitável para qualquer um, inclusive para nós Espíritas, convictos que somos.
A morte natural, sem sofrimento, é a certeza de que toda a missão foi cumprida em seus mínimos detalhes, podendo agora voltar à Pátria Espiritual para receber os louros de uma vida bem vivida na Terra.
Sendo assim, quando morre alguém de bem em nosso meio, não vamos mais questionar a Deus o porquê, pois ele sabe o que faz.
Já uma morte permeada por sofrimento, pode ser reflexo de uma vida desregrada em todos os sentidos, na condição física ou espiritual, por não termos respeitando as leis de Deus, implantadas em nossa consciência.
Por outro lado, uma morte violenta, precisa ter uma explicação justa, para perdemos a mania de acreditar que é castigo de Deus.
Ela simplesmente poderá se resumir em uma causa atual, quando se está usando mal o livre-arbítrio, se afogando em erros, indo embora de forma trágica.
Poderá acontecer também, que o moribundo tenha todos os predicados de uma pessoa de bem. Nesta situação, é preciso compreender que a resposta está ligada à sua última encarnação, ou a outras anteriores.
Numa morte natural, o laço fluídico que liga o corpo ao Espírito se rompe com naturalidade. Porém, para aquele de teve uma vida desvirtuada, esse laço demora um pouco mais de tempo para se romper.
Numa morte violenta e acidental, ficamos a visualizar a cena dolorosa ocorrida, acreditando que a morte da pessoa querida fica nas circunstâncias do acidente. Porém, quando o Espírito tem méritos, acontece um fato muito curioso. Antes do acidente ele pode ser retirado do corpo físico antes do choque fatal.
Poderá ocorrer uma parada cardíaca para que não visualize a gravidade do acidente que lesa seu corpo Espiritual. Isso poderá acorrer tanto num caso como outro citado acima.
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Poderíamos citar como por exemplo, o acidente que provocou a morte do grupo “Mamonas Assassinas”, quando o avião em que estavam colidiu contra o solo. Segundo laudo médico, a causa mortis foi parada cardíaca.
Quando vivenciarmos uma situação dessa natureza, com alguém que conhecemos, saibamos que a proteção divina está presente.
Liberar lágrimas de dor é natural, mas que esse sentimento não crie raiz dentro de nós, não nos esquecendo de que a prece é o remédio mais salutar naquele momento.
Indo a um velório, jamais devemos fazer as costumeiras perguntas: Nossa! Como foi o acidente? E o carro como ficou? Deus sabe o que faz. Outra coisa, jamais devemos querer imputar nosso conceito religioso ligado à situação.
Nossa ida ao velório não é para sugar a vitalidade daquele que já está sofrendo, mas sim para reabastecê-lo com o nosso silêncio, a nossa oração, um abraço sincero, como se fosse uma autêntica transfusão de energia, que todos nós possuímos em maior ou menor grau.
É de suma importância respeitar aquele que não quer ir velar o corpo, que para nós não serve mais, como se fosse uma camisa velha que precisa ser jogada fora, mesmo porque, algumas vezes lá estará somente o corpo, estando o Espírito em outro lugar recebendo da Espiritualidade, toda assistência que necessita.
Quando tem merecimento é encaminhado para um hospital ou uma casa de repouso na espiritualidade, tendo ao seu lado entes queridos, que já foram antes deles, e possuem a permissão necessária para poderem ficar ao seu lado.
Após a morte, visitas ao cemitério, constantemente, segundo a Espiritualidade é totalmente desnecessária, pois lá estará somente o corpo físico. O Espírito poderá estar seguindo sua jornada na Espiritualidade, ou já ter reencarnado em um novo corpo físico.
Sendo assim, para sanar a saudade, oremos, mandemos rezar uma missa, façamos culto aos nossos antepassados, coloquemos seus nomes na caixinha de vibrações, segundo a crença de cada um de nós.
Concluindo, quando tivermos alcançado nosso total equilíbrio, receberemos em nosso íntimo, através de sonho ou psicografia, mensagens daqueles seres que amamos, dizendo que estão vivos, bem vivos.
A certeza de que nosso espírito é imortal e que poderemos reencontrá-los num futuro próximo, nos trará a paz dentro de nossos corações.
Muita paz a todos!
* Lucio Cândido Rosa escreve quinzenalmente sobre espiritismo e espiritualidade no Jornal Cotia Agora. Quer enviar sugestão de algum tema para que ele aborde? Envie para o email [email protected]