Coluna de Rafael Oliveira: Porcupine Tree e o disco progressivo Closure/Continuation

Porcupine Tree a banda sensação dos anos 80 que fez muitos sucessos que eu particularmente gosto muito, hoje vamos resenhar um pouco sobre o disco Closure/Continuation.
Disco esse que vem na esteira após 12 anos de hiato musical, assim como a banda Tears For Fears que falamos na primeira quinzena do mês de junho, aqui neste mesmo canal.

Falamos muito de rock nos últimos tempos e hoje temos um estilo um pouco diferente, som mais soturno, carregado de eletrônicos e sintetizadores o pós-punk gótico como alguns conhecem.
Nos anos 80 a maioria dessas bandas eram sombrias, usavam muita maquiagem pesada e roupas escuras para dar uma impressão quase “mala” para os caras.

Disco curto com 10 faixas apenas, vamos começando pelas impressões da primeira canção do álbum “Harridan” – canção de 8 minutos tempo demais para uma canção, mas começa com “bagueado” do baixo elétrico o som característico das bandas alternativas, a guitarra quase não aparece e ainda com som dos teclados por trás, com uma bateria em pancadas firmes que fazem lembrar o estilo do baterista da banda Rush (Neil Peart). As características são bastante similares e conduzidas com uma potencialidade imensa, ainda é possível ver os sintetizadores e canção ganha uma versatilidade incrível, olha é a primeira vez que um disco consegue me ganhar logo na primeira faixa.
Partindo para a segunda faixa – “Of The New Day” canção de quase 5 minutos, que de certa forma perde uma pouco aquela pegada bem Rush na primeira faixa e vai para um ritmo alternativo.

A terceira faixa com clipe completo – “Rats Return” uma canção que remota algum tipo de crítica sensorial, bastante sombria com aquelas vozes sombrias quase vampirescas, com um ritmo musical de excelente qualidade, dando o ponto extra ao disco. Gostei do clipe e da canção.
Já na sequência temos “Dignity” e “Herd Culling” duas músicas longas, a primeira com mais de 8 minutos e a segunda com mais de 7 minutos, a primeira canção não deu muitas alternativas para falar, mas a segunda possui um som bem mais pesado seguido de alguns elementos experimentais e eletrônicos que tornam a canção um belo arranjo, os teclados sendo usados suavemente na canção e na sequência uma pancada pesada, um dos melhores clipes já produzido por uma banda.

Na minha escolha deixo registrado o clássico “Harridan”” com a minha para o Programa Garimpo da Rádio Meteleco – https://meteleco.net – semanalmente exibido as 16hs de segundas as sextas-feiras.

Concluindo o disco já na sexta faixa – “Walk The Plank” os elementos eletrônicos estão presentes na canção e mais uma vez a qualidade não fica de lado, a melodia e o tom se encaixam perfeitamente a performance dos elementos, uma combinação e um belo arranjo.
Porcupine não deixa a desejar e faz jus a sua qualidade de som prost-punk, a sétima faixa assusta pelo tamanho quase 10 minutos de música e mais parece o Pink Floyd tocando, mas tudo bem vamos embora.

“Chimera’s Wreck” aparenta um som envolvente, um longo progressivo com sons de teclados, alguns riffs de guitarra em solo próximo de 6 minutos da canção, lembrando ao estilo puro do Rush tocar com perfeição e sofisticação pelos elementos que tornam a música um dos pontos mais altos do disco, quase uma canção para trilha sonora de filme ou série.

Novamente a extensão da canção não passa longe, outra faixa de quase 8 minutos e uma música instrumental – “Population Three” que traz alguns elementos da canção anterior e o ritmo progressivo, excelente qualidade também.

A penúltima canção reduz o ritmo progressivo do disco, mas não deixa de lado – “Never Have” uma canção que se inicia com a presença dos teclados bem estilosos em uma bela sinergia com a bateria, me fez lembrar pela memória da banda R.E.M mantendo aquele estilo alternativo combinado com sons progressivos.

O disco se conclui com “Love In The Past” e finaliza uma bela obra-prima de disco, vale a pena tocar o disco inteiro sem nenhum pecado, excelente material, belos arranjos e imperdível para quem gosta deste tipo de música primorosa.

Conheça mais sobre esse trabalho com os seguintes temas relacionados:

Vamos ao disco:

Acesse os canais de mídia – Instagram: @porcupinetreeofficial

*Rafael S. de Oliveira – Mórmon/SUD – Com oficio de Elder, Diretor de Assuntos Públicos e Especialista de Bem Estar, membro da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Vice-Presidente – O Observatório: Associação de Controle Social e Políticas Públicas da Zona Oeste de SP (mandato 2020-2023). Técnico em Políticas Públicas pelo PSDB (Partido da Social Democracia do Brasil), Engenheiro de Produção e ex-gestor por 3 grandes empresas (Luft Logistics, IGO SP e TCI BPO). Apresentador e Produtor pela Rádio Meteleco.Net (Programa Garimpo) e Colunista no Jornal Cotia Agora (Caderno de Música, Discos, Experiencias e Cultura).