Colunista Rafael Oliveira conta sobre Whoosh, novo disco do Deep Purple
Maravilha, a resenha de hoje é sobre uma grande banda lendária, com 50 anos de carreira e grandes sucessos, muita história em sua longa trajetória, nada mais e nada menos que o Deep Purple.
Todos que me conhecem sabem que um dos hobbies que mais gosto é “Garimpar” novos discos e novos estilos no mundo underground (alternativo), tudo o que é experimental, alternativo, desconhecido ou um nicho musical, me chamam mais a atenção do que aos estilos dançantes e “vibrativos” que os de hoje, infelizmente não sou fã do atual sertanejo, funk decaído e qualquer outro som parecido.
Mas voltemos para o Deep Purple, a banda não para e não se aposenta, em sua formação clássica como Ian Gillan (vocal), Ian Paice (bateria), Steve Morse (guitarra), Roger Glover (baixo) e Don Airey (teclados) desde os álbuns Now Whats?! (2013) e Infinite (2017) a banda lança em agosto o novo disco Whoosh!
Olha, para ser sincero, o Purple está longe de ser aquela banda setentista (anos 70) onde você ouvia o grande Jon Lord (um dos fundadores da banda) arrepiando nos teclados, o próprio Ritchie Blackmore criando distorções incríveis em suas guitarras e os poderosos agudos de Ian Gillan, dos anos 80 para cá, os ritmos vem se tornando mais melódicos e românticos, a velocidade, potência e os sons progressivos vão perdendo espaço para os sons mais lentos e com tons e cadência mais baixos.
O Purple tem muitos discos incríveis, muitos até pouco conhecidos pelo seu público e excelentes músicas que são tocadas até hoje nas grandes rádios. Os discos a seguir tem uma pesada influência do bom hard rock, carregado de progressividade e aquele jazz fundido, ao exemplo de “Abandon” (1998), “Bananas” (2003), “The Battle Rage On” (1993).
Mas também músicas lendárias como Smooth Dance do disco “Who Do We Think We Are” (1973), Fireball do album “Fireball” (1971) e Hell To Pay do disco “Now Whats ?!” (2013).
Dá pra falar mal de alguma coisa? Sempre dá. O mais do mesmo dos duelos de teclado e guitarra são bem repetitivos. “No Need To Shout” é uma mistura um tanto mediana de “Perfect Stranger” (Perfect Stranger, 1984) com “Bloodsucker” (In Rock, 1970) ou “Bludsucker” (Abandon, 1998). Fora que o álbum termina e um outro começa. As duas últimas músicas parecem ser uma outra proposta. “Dancing In My Sleep” é uma faixa bônus, ok, mas “And The Address” é mais o registro de uma jam… Mas esses pontos não chegam a estragar o todo. O álbum é bom. Afinal, é Deep Purple.
Whoosh! é o 21º álbum de estúdio do Deep Purple e conta com a produção de Bob Ezrin, que assinou os dois últimos trabalhos, Now What ?! (2013) e Infinite (2017), além de ter no currículo produções de Kiss, Alice Cooper e Pink Floyd.
Segundo trecho extraído do tutorial da Rádio 89 a seguir veja como surgiu o disco:
“A gravação do novo disco, Gillan explicou que tudo foi por acaso. Ele e os demais membros da banda se viram passeando ao mesmo tempo no final de março de 2019 em Nashville, nos Estados Unidos, quando encontraram Ezrin em um estúdio de gravação. Papo vai, papo vem, e eles acabaram realizando uma sessão musical em apenas um dia e tudo isso foi registrado.
A expectativa inicial era que o grupo saísse em turnê com o Blue Öyster Cult como convidado especial, logo após o lançamento do novo disco, mas com a pandemia afetando o mercado esse giro pode ser inicializado apenas no ano que vem”.
Vamos a capa do Disco – Whoosh!
Acesse o Instagram: @deeppurple_official
*Por Rafael S. de Oliveira – Mórmon/SUD – Com oficio de Elder, Diretor de Assuntos Públicos e Especialista de Bem Estar, membro da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Vice-Presidente – O Observatório: Associação de Controle Social e Políticas Públicas da Zona Oeste de SP (mandato 2020-2023). Técnico em Políticas Públicas pelo PSDB (Partido da Social Democracia do Brasil), Engenheiro de Produção e ex-gestor por 3 grandes empresas (Luft Logistics, IGO SP e TCI BPO). Apresentador e Produtor pela Rádio Meteleco.Net (Programa Garimpo) e Colunista no Jornal Cotia Agora (Caderno de Música, Discos, Experiencias e Cultura).