Cotia e mais sete cidades adiam dose de reforço contra coronavírus após impasse sobre marca da vacina
Oito cidades da Grande São Paulo adiaram nesta quarta-feira (8) a aplicação da terceira dose da vacina contra o coronavírus, informou a Prefeitura de Taboão da Serra.
De acordo com José Alberto Tarifa, secretário de Saúde do município, o motivo é o impasse entre governos federal e estadual sobre qual imunizante deve ser aplicado no reforço e a suspensão temporária é uma orientação do Conasems – Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde.
A decisão de Taboão foi tomada conjuntamente entre as gestões das cidades do Consulti, consórcio regional: Cotia, Vargem Grande Paulista, Itapecerica da Serra, Embu-Guaçu, Embu das Artes, Juquitiba e São Lourenço da Serra.
Plano estadual x plano nacional
O governo de São Paulo iniciou a vacinação para dose de reforço contra coronavírus na segunda-feira (6). Em princípio devem receber a dose adicional todos os idosos com mais de 60 anos e imunossuprimidos acima de 18 anos, um público estimado em 7,2 milhões de pessoas.
Já o Ministério da Saúde recomendou a dose de reforço para pessoas com mais de 70 anos e imunossuprimidos.
Além disso, o governo federal determinou que a imunização deverá ser feita, preferencialmente, com uma dose da Pfizer, enquanto o governo do estado não estipulou o fabricante da dose a ser utilizada no reforço e indicou que deve ser a que tiver disponível.
Estudos ainda não avaliaram todas as combinações possíveis entre diferentes marcas de imunizantes. Cientistas que estudam a pandemia criticaram a opção do governo estadual e destacaram estudos que mostram maior proteção para idosos com uma dose de reforço da Pfizer, como estipulado pelo governo federal.
No Brasil, há pelo menos quatro estudos em andamento que avaliam uma dose de reforço para as vacinas contra usadas em território nacional. Esses estudos avaliam as seguintes possibilidades:
-Duas doses de Pfizer, seguidas de outra dose de Pfizer;
-Duas doses de AstraZeneca, seguidas de uma outra dose de uma nova versão da AstraZeneca;
-Duas doses de AstraZeneca, seguidas de uma outra dose da mesma versão da AstraZeneca;
-Duas doses de CoronaVac, seguidas de um dos quatro imunizantes a seguir: Pfizer, AstraZeneca, Janssen e CoronaVac.
Do G1