Governo de SP divulga próximos passos para as escolas cívico-militares
O ministro Gilmar Mendes, do STF – Supremo Tribunal Federal, acatou um pedido da Procuradoria Geral do Estado e derrubou a decisão do Tribunal de Justiça que suspendia temporariamente a implantação do programa das escolas cívico-militares. Com isso, o Governo está liberado para tomar as providências necessárias para a implementação do programa a partir de 2026.
Até o momento, 300 escolas manifestaram interesse em aderir ao modelo, inclusive uma em Cotia, e poderão voltar a consulta à comunidade no ano que vem. A expectativa da Secretaria da Educação é iniciar o projeto em 2026 com 45 unidades educacionais da rede, permitindo um acompanhamento detalhado da implantação do modelo e a avaliação da possibilidade de ampliação nos próximos anos.
Na retomada da consulta pública com as comunidades escolares em 2025, se mais do que 45 escolas tiverem votação favorável, serão adotados critérios de desempate para a seleção das unidades. Entre eles:
-Distância de até dois quilômetros de outra unidade que não optou pelo programa, em caso de mais de uma escola interessada na mesma cidade;
-Número de votos válidos a favor da implantação. Para que a votação a favor seja válida, é preciso que 50% dos votantes mais um optem pelo sim;
-Escolas com mais níveis de ensino, ou seja, que ofertam o Ensino Fundamental e o Médio.
Currículo e processo seletivo
Mantida a decisão, as escolas que adotarem o modelo seguirão o Currículo Paulista, organizado pela Secretaria da Educação que será responsável pelo processo de seleção dos monitores e formação dos professores.
Caberá à Secretaria da Segurança Pública apoiar a Educação no processo seletivo e emitir declarações com informações sobre o comportamento e sobre processos criminais ou administrativos, concluídos ou não, em que os candidatos a atuar como monitores nessas unidades de ensino possam estar envolvidos.
O investimento nas escolas cívico-militares será o mesmo já previsto nas unidades regulares. O gasto com a contratação dos monitores, já considerando a expectativa final de 100 escolas cívico-militares, será de R$ 7,2 milhões.
