Aelton Barbosa: “As mulheres na política de Cotia”

*

Caros leitores e leitoras é notório que as mulheres vêm conquistando espaço em todas as áreas do conhecimento na sociedade brasileira, e em diversos segmentos do mercado de trabalho alcançaram destaque de desempenho, entretanto, um dos maiores desafios ainda é no campo político. Esta realidade está mudando, mesmo que lentamente.

Para uma democracia forte é essencial que haja representação feminina, até porque as mulheres são maioria na população. Então o que falta? A resposta é complexa, mas sabemos que quase 52% dos eleitores são mulheres, talvez mulher votando em mulher, esse seria o primeiro passo para diminuir essa diferença, mas isso requer alguns esforços tanto paras as eleitoras quanto para as candidatas, não se trata de feminismo.

Analisando a pluralidade partidária brasileira identificamos que até o PMB (Partido da Mulher Brasileira), que tem 18 candidatos para vereador em Cotia, escolheu apenas seis mulheres candidatas, ora se esse é o partido das mulheres, imaginem os outros partidos como ficam? Incoerência ideológica? Não sabemos, pode ser falta de mulheres dispostas a se candidatarem, a reflexão deve ser feita dentro e fora de todos os partidos.

Para prefeito de Cotia a derrota feminina é igual ao inesquecível placar que a seleção brasileira de futebol perdeu pra Alemanha na Copa passada, isso mesmo 7X1, são sete homens e uma única mulher.

Será então a política um espaço fechado entre os homens? No passado talvez, mas isso vem mudando, começou com a participação como eleitoras a partir da década de 1930, e posteriormente como candidatas a cargos públicos. Sabemos que não é só no campo político que as mulheres enfrentam dificuldades, pois em toda sociedade existem desafios, principalmente no mercado de trabalho.

No cenário atual de Cotia aproximadamente um terço dos candidatos a vereadores são mulheres, e entre os partidos dois estão brigando fortemente para colocar uma mulher na Câmara de Cotia, são os partidos PSB (Partido Socialista Brasileiro) e o PPL (Partido Pátria Livre), sabemos que outros partidos também estão no páreo com nomes diversos.

Após essa breve analise algumas estratégias podem ser utilizadas para diminuir tais diferenças, a primeira com certeza seria arregimentar o voto feminino, com chamadas do tipo “mulher inteligente vota em mulher”, ou “escolha uma mulher para ter representar mulher”’, entretanto, mais do que slogans é preciso mudança de postura tanto das mulheres, quanto dos homens.

Boa sorte a todos! Eleitor vote com consciência, afinal o bom governante é aquele que tem compromisso, ética, e luta pela democracia e coletividade, seja homem ou mulher.

*AELTON BARBOSA, conhecido como ALPHA BRAVO, é funcionário público e especialista em Marketing Eleitoral e escreve mensalmente no Jornal Cotia Agora.