Avião que caiu no Egito com 224 pessoas ‘se partiu no ar’, diz oficial russo

O chefe do Comitê de Aviação da Rússia, Viktor Sorochenko, declarou neste domingo (01/11) que o avião russo que caiu na madrugada deste sábado na Península do Sinai, no Egito, “se partiu no ar”.

“A desintegração ocorreu no ar e os fragmentos [do avião] estão espalhados por uma vasta área”, disse Sorochenko à agência de notícias russa RIA Novosti. Ele é parte de um painel internacional de experts de Rússia, Egito, França e Irlanda que estão investigando a queda do avião, que deixou 224 pessoas mortas.

Sorochenko afirmou que os destroços estão espalhados por uma área de 20 quilômetros quadrados e que é muito cedo para concluir as razões da queda do avião.

As companhias aéreas Emirates, Air France e Lufthansa, além de empresas menores como flydubai e Air Arabia, comunicaram que não vão voar sobre a Península do Sinai até que as causas da queda sejam esclarecidas.

No sábado (31/10), jihadistas na Península do Sinai aliados ao Estado Islâmico afirmaram ter derrubado o avião em represália aos ataques russos na Síria contra alvos do grupo extremista. Autoridades russas e egípcias, no entanto, descartaram a hipótese. O primeiro-ministro egípcio, Sharif Ismail, disse ter consultado especialistas que confirmaram que o avião, que voava a 9.450 metros de altitude, não poderia ter sido derrubado pelas armas conhecidas dos militantes.

O avião russo com 217 passageiros e sete tripulantes caiu na madrugada deste sábado na Península do Sinai, no Egito. Não há sobreviventes.

O Airbus A-321 da companhia russa Kogalymavia decolou da cidade de Sharm el-Sheikh, no Egito, com destino ao aeroporto de Pulkovo, em São Petersburgo, na Rússia, às 5h51 (hora local, 1h51 de Brasília) e desapareceu dos radares 22 minutos depois.

Dos 217 passageiros, 214 eram russos e três ucranianos, entre os quais 138 mulheres, 62 homens e 17 crianças. As caixas-pretas do avião já foram encontradas pela equipe de busca e estão sendo analisadas.

O governo russo abriu um processo criminal contra a companhia aérea por “violação de regras de voo”. Tripulantes desta aeronave teriam se queixado de falhas no motor para técnicos do aeroporto de Sharm el-Sheikh. “Este avião pediu o auxílio do serviço técnico com relação a falhas no motor várias vezes na última semana”, disse uma fonte do aeroporto à agência russa RIA Novosti.

A aeronave começou a operar em 1997 e está com a empresa aérea Kogalymavia, também conhecida como Metrojet, há quatro anos. Antes disso, ela voou pela companhia líbia Middle East Airlines, a turca Onur Air, a saudita Saudi Arabian Airlines e a síria Cham Wings Airlines.

Do Uol