Canil da região precisa de ajuda para continuar abrigando animais abandonados

Acolher cães abandonados e que sofreram maus tratos vem sendo um desafio de órgãos públicos e entidades que se propõem em realizar tal ação.

A situação ainda é mais difícil para voluntários que amam animais e resolvem fazer da sua própria residência um abrigo para dar uma qualidade de vida melhor aos bichinhos. É o que faz ibiunense Sargento Lidiany dos Santos. Ela é Policial Militar, mas quando tira a sua farda, se dedica a cuidar de 40 cães e 25 gatos que acolhe num canil montado em sua chácara, localizada no Rio de Una de Baixo, em Ibiúna. Entretanto, o local, carinhosamente chamado de “Canil da Lidy”, está passando por grandes dificuldades e precisa urgentemente de doações para continuar suas atividades.

O canil é independente, não possui apoio de nenhuma ONG ou instituição pública e é mantido com o salário da própria policial, rifas, doações, venda de mimos para cães e ajuda voluntária. “Até um tempo atrás tínhamos uma pessoa que me ajudava com uma doação mensal. Entretanto, ela não pode mais colaborar conosco e a situação apertou. Os cães consomem em média meia tonelada de ração por mês, enquanto que os gatos, mais de 100 kg, sendo fundamental a colaboração de outras pessoas para continuarmos este trabalho”, explica Lidiany.

“Resgatei todos em situações deprimentes, abandonados nas ruas. Dediquei muito tempo, amor e dinheiro para restabelecer a saúde e a confiança deles. Por isso, não consigo deixá-los para adoção. Eles sofreram muito e atualmente confiam e demonstram um grande amor e gratidão por mim. Não tenho coragem de submetê-los novamente, a todo processo de ‘adaptação’ com outras pessoas. Todos são castrados. Alguns fazem tratamentos e vão continuar fazendo por toda a vida”, declarou Lidiany.

Resgate animal

Lidiany lembra com carinho e emoção das dezenas de histórias de resgates de animais que realizou em todos esses anos. “Alguns foram bem tristes, mas que tiveram um final feliz, graças a Deus. Tem a história do ‘Guerreiro’. Resgatei ele aqui no bairro, com um enorme ferimento em sua cabeça. Era possível ver o seu crânio e estava cheio de bichos. Levei-o para clínica e descobri que ele foi vítima de uma pancada forte. Por ter ficado sem cuidados, seu ferimento encheu de bicheiras. Foi muito difícil resgatá-lo, pois era bravo e estava assustado. Mas depois de passar pelo tratamento veterinário, ficou apenas com uma cicatriz, porem com um coração cheio de amor e carinho. Tem também o caso do Kadu, que resgatei após ter sido atropelado na Marginal. Ele quebrou o fêmur, teve que ser operado, usou pino, mas hoje corre feliz pelo canil”, conta a protetora.

Ajude o Canil da Lidy

O que o canil mais precisa no momento são as rações. Mais informações e doações pelos telefones: (11) 96422-7198 ou (15) 99705-5607. Também pelo Facebook na página “Canil da Lidy”. Marque uma visita e conheça de perto o trabalho exemplar realizado por Lidiany.

Por Tiago Albertim – Jornal do Povo