Coluna espírita de Lúcio Cândido Rosa: Qual a relação da cura com o Evangelho?

O Espiritismo nos alerta que, muitas dores, doenças e aflições são provenientes do espírito.
É uma espécie de aviso, que o corpo nos dá, quando não agimos corretamente.
Nossas dores, doenças e aflições, estão diretamente ligadas aos nossos vícios atuais ou de encarnações anteriores. Poucas não têm sua origem nos vícios ou “pecados”, como pregam as religiões.
Kardec, quando escreveu o pentateuco, iniciou pelo Livro dos Espíritos, em seguida, a Gênese (que complementa alguns assuntos do livro anterior), somente depois, escreveu o Evangelho Segundo o Espiritismo, dando ênfase apenas ao aspecto moral do Evangelho, não abrangendo a totalidade dos itens que colocaram os evangelistas.
Com a escrita dos dois primeiros livros, o Espiritismo que era até então Filosofia e Ciência, passou a ter também um cunho religioso.
Kardec teve a sensibilidade de perceber que, o indivíduo precisa da reforma moral, complementada com o conhecimento de si mesmo, e as orientações do Mestre Jesus, para que sua obra tivesse sentido, e não ficasse inacabada.
Mostrou os problemas e apresentou as soluções.
Devido à pregação moral, o Espiritismo que é tido como uma religião, no dia-a-dia tem conquistado novos simpatizantes, no Brasil e em alguns países do mundo.
O Evangelho comprova que Jesus, sem derrogar as Leis Naturais, fez várias “curas”, quando encarnado entre nós, há dois mil e poucos anos atrás.
Provavelmente deixou de realizar algumas, porque sempre respeitava o livre-arbítrio de quem queria ser curado ou não, e o nível de sua fé.
Quando questionava e a resposta fosse sim, vinda do fundo do coração, era curado imediatamente. Se assim não fosse, a cura não se realizaria.
Por esse motivo, o Mestre sempre acrescentava: “Tua fé te curou. Agora vá e não peques mais, para que coisa pior não te aconteça”.
Isso está provado na cura da mulher hemorrágica, quando acreditou que somente tocando em Suas vestes, estaria curada. Buscando toda força que saia das profundezas da sua alma, conseguiu promover a cura que tanto almejava.
Outra cura que podemos citar era do cego de nascença.
Jesus pegou um pouco de terra, cuspiu, transformando-a em barro, passou nos olhos do cego para que fosse curado, e assim aconteceu.
Ele, talvez nem precisasse do barro para curá-lo, mas para dar credibilidade ao procedimento de cura às vistas do público que o acompanhava, assim o fez.
Mas com toda certeza, esse cego de nascença, já estava quite com a Lei de Causa e Efeito, por isso a cura se concretizou.
Analisando várias situações em nossa existência, iremos perceber que muitos precisam ser curados do corpo, outros da alma, ou de ambos, porque sempre estaremos envolvidos em conflitos neste mundo de Expiações e Provas.
Sabemos que quando estamos doentes, a medicina tradicional não deixa de ser uma ajuda primordial, quando bem direcionada pelos médicos, psicólogos, terapeutas, etc. Mas precisamos colaborar acreditando que aquele tratamento, e aquele medicamento está surtindo efeito.
Somando a tudo isso, poderemos buscar a cura através da nossa fé e da força que vem do Evangelho de Jesus.
Muitos médicos já reconhecem a importância da crença e ajuda espiritual, principalmente em casos graves, quando o paciente já se encontra sem esperança de cura.
Nas faculdades de Medicina, já foi incluída uma disciplina intitulada “Medicina e Espiritualidade”, pois entenderam que há algo mais que comanda nosso corpo físico.
Pelo Brasil, encontramos Hospitais Espirituais, com cirurgias e tratamentos ligados ao ensino do Evangelho, onde são montados relatórios de curas e enviados às Faculdades de Medicina, para servirem como comprovação científica.
Essa será a medicina do futuro. Além de medicamentos tradicionais, passes magnéticos, água fluidificada e vibrações de cura, serão acrescentados aos tratamentos.
Nas casas Espíritas, ou em qualquer outro Templo religioso onde a fluidoterapia é aplicada, observamos uma sensível melhora no tratamento das pessoas que ali buscam alívio para suas dores.
O conhecimento do ensino de Jesus sobre nossa conduta, fortalece nosso comportamento de amor, perdão, solidariedade, equilíbrio e outras virtudes mais, seremos enriquecidos de energias positivas que terão reflexos em nossa saúde.
Sendo assim compreendamos que o Evangelho é muito importante para nossas vidas e, que em momentos de aflições jamais nos sintamos desamparados. Seja na condição de encarnados ou desencarnados, nunca estaremos sozinhos.
Nós, em nossa fraqueza espiritual, falta de fé, não permitimos que esses mensageiros divinos nos ajudem para que tal cura aconteça, ou que nos amparem nos momentos de dor intensa.
Que procuremos então, acreditar um pouquinho mais em nós, em nossa regeneração, em Jesus nosso Mestre e no Plano Superior para que o melhor nos aconteça.
Muita paz!

*Lucio Cândido Rosa escreve sobre espiritismo e espiritualidade no Jornal Cotia Agora. Quer enviar sugestão de algum tema para que ele aborde? Envie para o email [email protected]