Com fim da emergência contra Covid no Brasil, CoronaVac pode deixar de ser aplicada

O fim do estado de emergência sanitária relacionado à Covid-19 anunciado pelo Ministério da Saúde traz incerteza para o futuro da CoronaVac. A vacina do Butantan pode deixar de ser aplicada no país.

A Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária anunciou na segunda (18) que está revisando as normativas sanitárias em resposta à pandemia, incluindo as resoluções que tratam do uso emergencial de vacinas e de medicamentos específicos para a doença.

Entre os imunizantes em uso no país, a CoronaVac é o único com aprovação apenas para uso emergencial. Pfizer, Janssen e AstraZeneca já obtiveram o registro definitivo.

Segundo resolução da Anvisa publicada em dezembro de 2020, autorização de uso emergencial e temporário da CoronaVac será válida até o reconhecimento pelo Ministério da Saúde de que não há mais situação de emergência em saúde pública.

Segundo o Instituto Butantan, os estudos sobre o imunizante continuam.

“A questão do registro definitivo está em curso com o fornecimento de documentos. Existe pendência em relação a alguns testes que são feitos na China e aqui no Brasil também em relação à variante ômicron. Mas é um processo que nunca foi interrompido”, disse o diretor do Butantan, Dimas Covas.

Mesmo sem o registro definitivo, a Anvisa já atestou a segurança e a eficácia da CoronaVac. Por isso, o Ministério da Saúde solicitou à agência que mantenha por mais um ano a autorização para o uso emergencial.

A ideia do governo federal é continuar usando a vacina — mas só em crianças e adolescentes de 5 a 18 anos.

“Em adultos, esse imunizante, eu penso que é um consenso nos países que têm agencias regulatórias do porte da Anvisa, que ele não é utilizado para o esquema vacinal primário. Ele pode ser usado para o esquema vacinal primário aqui no Brasil para a faixa etária compreendida entre 5 e 18 anos”, disse o Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

Do G1