Contos & Causos de Cotia: Futebol já teve craques famosos e outros nem tanto jogando pela cidade

Por Beto Kodiak

Em um momento que o futebol está parado no Brasil e em todo o mundo, devido à pandemia do coronavírus, vale a pena recordar bons momentos deste esporte que é o preferido do brasileiro e que os cotianos tanto adoram.

Futebol profissional. Sim, Cotia já teve três times de futebol profissional, que disputaram o Campeonato Paulista nas divisões inferiores, a Associação Atlética Cotia, Associação Atlética Central Brasileira e o Cotia FC.

E tivemos craques famosos jogando aqui e representando a cidade. Vale lembrar que a Central Brasileira foi um time que marcou época em Cotia, quando em 1987 assumiu o lugar da AA Cotia no Campeonato Paulista da 4ª divisão e já se tornou campeã, subindo para o que é hoje a Série A-3 e no ano seguinte, outro acesso, para a atual Série A-2.

A Central ficou em Cotia até 1993, quando, sem apoio na cidade, migrou para Espírito Santo do Pinhal.

Mas, voltemos aos jogadores que aqui estiveram. O primeiro a vir para cá foi Enéas, que começou sua carreira na Portuguesa e depois brilhou no futebol italiano (Bologna, Udinese), seleção brasileira e no retorno ao Brasil, jogou pelo Palmeiras até 1984, depois atuou em times como XV de Piracicaba, Juventude, até que veio para a Central Brasileira em 88, conquistando a torcida cotiana que lotava o Estádio Euclides de Almeida para vê-lo jogar.
Infelizmente, ainda jogando pela Central, Enéas sofreu um acidente de carro na Zona Norte de São Paulo em 22/8/1988 e, depois de ficar quatro meses em coma, morreu em 27/12, aos 34 anos.

Outro que veio jogar em Cotia foi o zagueiro Luiz Pereira, um dos ídolos da torcida do Palmeiras e também do Atlético de Madrid.

Luizão Chevrolet, como era chamado, jogou no Palmeiras entre 1968 a 1975, indo para a Espanha, onde ficou até 1980, retornando ao Brasil para o Flamengo e depois o Palmeiras. Após jogar pela Portuguesa, Santo André e Corinthians, aos 40 anos, Luiz Pereira veio em 1989 para a Central Brasileira, onde disputou o Campeonato Paulista da 2ª divisão. No ano seguinte se transferiu para o São Caetano e ainda jogou por mais seis anos.

Ídolo da torcida do Corinthians, o lateral esquerdo Wladimir, jogador que mais vezes vestiu a camisa do Timão, chegou à Central em 1989 para a disputa do Paulistão e encerrou a carreira em 1991. “Wlad” acabou ficando na cidade, onde mora até hoje, na Granja Viana. Chegou a ser secretário de Esportes no governo do prefeito Ailton Ferreira.

Longe de ser craque, mas com passagens por times como Paysandu, Sport Recife e, principalmente o São Paulo, onde jogou por cinco anos e vestiu a camisa do Tricolor por 201 vezes, o zagueiro Gassem foi outro que esteve na Central em 1989, jogando ao lado de Wladimir.

Um campeão mundial pelo Santos treinou a Central por algum tempo. O ex meia Lima morou em Cotia e esteve à frente do rubro negro.

Outros tempos e sem craques

O futebol profissional em Cotia, com a saída da Central Brasileira só retornaria em 2011, com o Cotia Futebol Clube. Em cinco temporadas, algumas figuras conhecidas no futebol vestiram a camisa azul do clube cotiano.

Rafael Silva, atacante que jogou no Corinthians, Guarani, Bahia, futebol da Grécia e Japão esteve por aqui em 2011, 2013 e 2014 e ainda mora na cidade.

O goleiro Veloso, também morador de Cotia, com passagens por cerca de 10 times brasileiros, como Mogi Mirim, CSA, CRB, subiu com o time em 2013 para o Paulistão A-2.

Clodoaldo, que muitos lembram do rebaixamento com o Corinthians, mas que também jogou em times do país e exterior jogou em 2015.

Marcos Paulista é de Cotia, mas rodou por times como Chapecoense e Criciúma e ficou muitos anos anos no México. Jogou em 2014 e treinou o time no ano seguinte. Continua morando na cidade e atuando na várzea.

Chamado de rei dos acessos, o técnico Pinho conseguiu levar o Cotia da 4ª para a 3ª divisão do Paulistão em 2013. Ainda na comissão técnica do Cotia, tivemos um bicampeão do mundo pelo São Paulo, o massagista José Araújo, em 2013, ano do acesso.