Cotia alerta para a prevenção e controle da leishmaniose visceral

De 7 a 11 de agosto, durante a Semana Estadual de Prevenção e Controle da Leishmaniose Visceral, a Vigilância Ambiental e a Zoonoses de Cotia reforçam o alerta para essa doença de evolução crônica que, se não tratada, pode levar a morte em até 90% dos casos e tem como vetor principal – no Brasil – as fêmeas do Mosquito-Palha (Lutzomia Longipalpis) que infectam os seres humanos com o protozoário causador da doença (Leishmania Chagasi). Algumas unidades de saúde do município fazem exames de sangue para detecção da doença, mediante avaliação médica.

A doença, se não tratada adequadamente, pode ser letal ao ser humano e para os cães, acometendo fígado, baço e medula óssea. Estes insetos são pequenos e têm como características a coloração amarelada ou de cor palha e, em posição de repouso, suas asas permanecem eretas e semiabertas.

O ciclo da doença acontece quando fêmeas infectadas picam cães ou outros animais infectados, e depois picam o homem, transmitindo o protozoário. Os cães com leishmaniose visceral podem ou não apresentar sintomas da doença, e transmiti-la durante toda a vida. Lesões oculares, feridas no focinho, perda de pelos e crescimento exagerado das unhas são sinais característicos de contaminação. Outros sintomas são similares em animais e no homem e incluem:

Lesões ulceradas na pele
Febre de longa duração
Aumento do fígado e baço
Perda de peso / fraqueza
Redução da força muscular
Anemia
Comprometimento da medula óssea
Problemas respiratórios
Diarreia
Sangramentos na boca e nos intestinos

A principal forma de evitar a doença é com o controle dos vetores. Os locais de preferência para proliferação do mosquito-palha são em solos com umidade, pouca luz e grande oferta de matéria orgânica, por isso, são facilmente encontrados em poleiros, currais e chiqueiros dentre outros locais com limpeza insuficiente. É indispensável a remoção periódica de folhas, frutos e fezes animais dos locais de criação; o armazenamento incorreto do lixo também pode atrair insetos transmissores desta e de outras zoonoses.

A guarda responsável de animais domésticos é fundamental para manter a saúde animal e humana; os animais devem ser mantidos dentro de quintais limpos e organizados, nunca na rua expostos a doenças com alto potencial de gravidade. A castração é incentivada para evitar crias indesejadas e não tem contraindicação. A proteção dos animais domésticos também pode ser feita com coleiras repelentes, sprays e shampoos apropriados.

A leishmaniose visceral canina não tem cura, mas pode ser tratada. A prevenção protege animais e humanos da doença. Elimine possíveis criadouros para o mosquito seguindo as instruções.

Informações: Vigilância Ambiental/Zoonoses – Telefone 4616-6493