Crise hídrica no Estado “breca” obras da Sabesp na região

O prejuízo trazido pela crise hídrica não se limita às torneiras secas. Obras de ampliação da rede e também de saneamento básico previstas para a região Oeste tiveram seus prazos de implementação adiados porque a empresa está priorizando projetos emergenciais de captação e distribuição de água em toda a região Metropolitana, redirecionando seus recursos.

A informação foi dada pelo superintendente da região Oeste da Sabesp, Milton Teixeira, durante audiência com vereadores na Câmara Municipal de Santana de Parnaíba, no último dia 16, para detalhar os investimentos da companhia na cidade. Segundo ele, obras previstas para entrar em funcionamento entre 2015 e 2017, inclusive as previstas em um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado como o Ministério Público para ampliar os índices de distribuição de água e tratamento de esgoto, em toda a Grande são Paulo, tiveram seus prazos adiados para 2018 devido a esse redirecionamento de recursos.

Somente o setor de tratamento de esgotos, ainda de acordo com o superintendente, teria perdido R$2 bilhões em verbas, que foram destinadas à capitação de águas. Oliveira ressaltou ainda que essas obras atendem a novas prioridades da Sabesp para enfrentar a crise hídrica. No caso específico de Santana de Parnaíba, no entanto, ele confirmou que as obras de uma estação de tratamento de esgoto nos bairros Fazendinha e Cidade São Pedro terão início em 2016.

As informações sobre adiamento de obras foram confirmadas pela Sabesp, via Assessoria de Imprensa. Em nota, a empresa informou que “em decorrência da crise hídrica, está reavaliando o cronograma de alguns projetos para a região”. A empresa também informou que “a universalização do saneamento nas cidades atendidas pela companhia está prevista para o final da década”. Anteriormente, o prazo para atingir as metas de 100% de água tratada e de esgoto coletado e tratado, não só na região Oeste, mas em toda a Grande São Paulo, era 2018.

Do Webdiario