Deputado questiona Governo de SP sobre preservação e conservação da Reserva Florestal de Cotia

Há muito tempo que recebemos relatos de invasões, queimadas, caça ilegal e pequenos desmatamentos no entorno da Reserva Florestal do Morro Grande, em Cotia.

Alguns ciclistas que circulam pela região já flagraram tudo citado acima, além de lixo jogado por moradores no entorno e por frequentadores do espaço, apesar de ser proibida a entrada sem autorização da Sabesp, que, até onde se sabe, se diz a mantenedora do local, onde abriga o Reservatório Alto Cotia, que abastece de água nossa cidade e região.

O deputado estadual Leonardo Siqueira (Novo) entrou nesta terça-feira (12) com o Requerimento de Informação 757, onde questiona a Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística sobre a preservação e manutenção da reserva.

No Requerimento, o deputado questiona:

-A Reserva Florestal do Morro Grande é administrada pela Sabesp?
-Se sim, qual a providência tomada pela Sabesp para a preservação ambiental integral da área?
-Quais ações e medidas são tomadas por essa Secretaria para a preservação e exploração ambiental sustentável na Reserva?
-Há algum estudo, por essa Secretaria, para transformar a Reserva em Parque Estadual?

Justificativa (resumida) do deputado:
Recebemos, via canal institucional do gabinete, relato informando o descaso ambiental na Reserva Florestal do Morro Grande, que é um dos maiores e últimos remanescentes florestais da Região Metropolitana de São Paulo, além de abrigar dois reservatórios importantíssimos para o abastecimento do sistema Alto-Cotia.
Através da documentação encaminhadas. a Reserva é administrada pela Sabesp em função dos dois reservatórios citados, mas o maciço de vegetação, e a riqueza da fauna e flora, não são objeto de medidas específicas de gestão, o que torna a Reserva extremamente vulnerável à caça, coleta de produtos florestais, invasões, gestão inadequada de resíduos e outras perturbações decorrentes, por exemplo, da ferrovia que a atravessa.
Ademais, seus atributos biológicos, cênicos e sociais demandam gestão específica relativa à proteção, restauração ecológica e uso público, uma vez que há intensa visitação da área, embora essa atividade seja irregular e sem qualquer orientação e cuidados.
A Reserva é um patrimônio tombado pelo CONDEPHAAT e é o núcleo mais importante da Área de Proteção e Recuperação de Mananciais do Alto Cotia, de acordo com a Lei nº 16.568, de 10 de novembro de 2017.

No entanto, são graves os desafios que marcam a região do entorno da Reserva. Ocupações irregulares ou clandestinas aumentam de modo significativo, pressionando a área e ameaçando sua integridade. A dificuldade e a fragilidade das áreas de fiscalização dos municípios que circundam a Reserva ocasionam deterioração crescente.