Em pesquisa nacional, trecho inicial da Raposo Tavares recebe classificação “bom”

A 20ª edição da Pesquisa CNT de Rodovias constatou que, dos 103.259 km analisados, 58,2% apresentam algum tipo de problema no estado geral, cuja avaliação considera as condições do pavimento, da sinalização e da geometria da via.

Em relação ao pavimento, 48,3% dos trechos avaliados receberam classificação regular, ruim ou péssimo. Na sinalização, 51,7% das rodovias apresentaram algum tipo de deficiência. Na variável geometria da via foram constadas falhas em 77,9% da extensão pesquisada.

De 2015 para 2016, houve aumento de 26,6% no número de pontos críticos (trechos com buracos grandes, quedas de barreiras, pontes caídas e erosões), passando de 327 para 414. De acordo com a pesquisa, somente os problemas no pavimento geram um aumento médio de 24,9% no custo operacional do transporte. O estudo da CNT e do SEST SENAT abrange toda a extensão da malha pavimentada federal e as principais rodovias estaduais pavimentadas.

A má qualidade das rodovias é reflexo de um histórico de baixos investimentos no setor. Em 2015, o investimento federal em infraestrutura de transporte em todos os modais foi de apenas 0,19% do PIB (Produto Interno Bruto). O valor investido em rodovias (R$ 5,95 bilhões) foi quase a metade do que o país gastou com acidentes apenas na malha federal (R$ 11,15 bilhões) em 2015. Já em 2016, até setembro, dos R$ 6,55 bilhões autorizados para investimento em infraestrutura rodoviária, R$ 6,34 bilhões foram pagos.

Raposo Tavares e rodovias de São Paulo

As 19 melhores rodovias do país estão no Estado de São Paulo. A melhor é a SP-348 (Bandeirantes) e SP-310 (Washington Luís), e em 2º a SP-225 (Ciro Albuquerque), todas privatizadas e receberam “ótimo” na classificação.

A Raposo Tavares, no trecho entre São Paulo e Sorocaba, tanto na parte administrada pelo DER como o pela Viaoeste, num total de 158 quilômetros, recebeu classificação “bom”, no estado geral.

Essa classificação é dada para o pavimento e sinalização e “regular” para geometria da via. Outra rodovia que passa por Cotia, a SP-250 (Bunjiro Nakao), recebeu “péssimo” em todos os quesitos.