Empresa que opera trens que passam por Cotia tem concessão renovada até 2058

Grupo Rumo terá que investir em obras para a redução de conflitos urbanos com a ferrovia, como acontece em Caucaia do Alto

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, afirmou nesta quinta-feira (28) que o novo contrato de concessão da Malha Paulista representa um grande avanço regulatório. De acordo com o ministro, o setor ferroviário está iniciando um novo capítulo na história, a partir da criação de mecanismos que vão possibilitar ampliar investimentos e expandir a malha ferroviária brasileira.

O novo contrato da concessão ferroviária da Malha Paulista foi assinado na quarta-feira (27) entre a ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres e o Grupo Rumo, que opera a linha que passa pelo município de Cotia, com estação em Caucaia do Alto. O contrato original, que venceria em 2028, foi renovado por mais 30 anos, mediante uma série de contrapartidas que injetarão R$ 6 bilhões em recursos privados na ampliação da capacidade de transporte, em melhorias urbanas, além de gerar empregos e aumentar a arrecadação federal.

O novo contrato de renovação antecipada da concessão foi resultado de quatro anos de discussões entre governo, agência reguladora, empresa, sociedade e órgãos de controle.

O diretor da ANTT destacou como uma das vantagens do novo contrato o compromisso da empresa de investir em obras para a redução de conflitos urbanos com a ferrovia em 40 municípios, diminuindo acidentes e preservando vidas. Passarelas, viadutos, vedação de faixas de domínio estão entre as intervenções previstas que vão tornar o trânsito ferroviário mais seguro no estado de São Paulo. No pacote pode estar a passagem em desnível sobre os trilhos na Estação Caucaia do Alto, que causa transtornos aos moradores há mais de duas décadas.

A Malha Paulista tem 1.989 quilômetros de extensão entre Santa Fé do Sul/SP – na divisa com Mato Grosso do Sul – e o Porto de Santos. Por seus trilhos, são movimentadas cargas de milho, soja, açúcar, farelo de soja, álcool, derivados de petróleo e contêineres.