Guarda Civil de Cotia poderá ter unidade para coibir violência contra a mulher

Cotia deve ser a próxima cidade brasileira a implantar a Patrulha Maria da Penha no modelo aplicado pela Prefeitura de Curitiba.

O corregedor-geral da Guarda Civil de Cotia, Adilson Roberto Moreira, conheceu o serviço curitibano nesta quinta-feira (28), no Centro de Operações da Defesa Social (CODS). A inspetora Cleuza Pereira, coordenadora do serviço, apresentou o processo administrativo, o funcionamento da rede de proteção às vítimas, cadastros e produção de relatórios, desde a denúncia até chegar à medida protetiva expedida pela Justiça.

Considerada modelo no Brasil, a patrulha curitibana foi a primeira sob responsabilidade da Guarda Municipal. Treze guardas municipais e quatro viaturas compõem a Patrulha Maria da Penha em Curitiba. Outras seis cidades possuem suas patrulhas implantadas a partir do modelo curitibano: Araucária, Arapongas, Foz do Iguaçu, além de Campo Grande (MS), Duque de Caxias (RJ) e São Paulo (SP). Todas seguem o exemplo de Curitiba, que emprega os efetivos da Guarda Municipal ou Guarda Metropolitana na execução de suas ações e que formaliza parceria institucional com a instância do Poder Judiciário local, responsável pela emissão das medidas protetivas e acompanhamento dos casos.

Além de Cotia, os municípios de Apucarana, Cascavel, Guarapuava, João Pessoa (PB), Lapa, Maringá, São José dos Pinhais, Telemaco Borba, Toledo e União da Vitória também são cidades que conheceram o trabalho da Patrulha Maria da Penha de Curitiba e planejam estruturar serviços similares.

“Entendemos que a violência contra a mulher é também um problema de saúde pública. A rotina do grupo vai muito além de denúncias e flagrantes de agressões às mulheres. Temos um fluxo intenso e diário de trabalho, que inclui a fiscalização ao cumprimento de medidas protetivas das mulheres assistidas e visitas às mesmas. O trabalho inicia com a prevenção por meio da informação, no atendimento do flagrante e depois, mantendo e garantindo a segurança da vítima”, explicou a coordenadora.

Moreira destacou a importância do intercâmbio de experiências. “Queremos obter todas as informações para levar essa proposta de atender, monitorar, registrar e proteger as vítimas de violência em Cotia”, disse o corregedor.

Além de conhecer o serviço da patrulha, Moreira também visitou a Casa da Mulher Brasileira, que concentra o atendimento à mulher vítima de violência doméstica em Curitiba. O objetivo é replicar o modelo de atendimento integrado de proteção à mulher em Cotia.

Em Curitiba, a Patrulha já atendeu 7 mil mulheres que possuem medidas protetivas expedidas pelo Judiciário e são monitoradas diariamente pelo serviço. Denúncias podem ser feitas pelo fone 153 da Guarda Municipal.

Do Bem Paraná