Justiça não prende traficantes, que apenas farão trabalhos comunitários em Cotia

Uma prova de que o crime em Cotia é, em muitas vezes, deixado de lado pelas autoridades que deveriam punir os bandidos envolvidos.

A Justiça de São Paulo condenou à prestação de serviços comunitários três homens encontrados com 2,4 toneladas de maconha em uma chácara de Cotia. O promotor do caso não recorrerá da decisão.

A Jovem Pan tentou contato com o promotor através do Ministério Público, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem. Segundo os autos, policiais civis foram à chácara, denominada ‘Lar Santa Maria’ após receberem informações sobre atividades suspeitas no local. Enquanto estavam na frente da chácara, dois veículos deixaram o local, um fugiu ao avistar os policiais e o outro teve os dois ocupantes detidos enquanto tentavam escapar.

Esses dois bandidos disseram que havia uma carga de maconha no local – ao entrar, os policiais prenderam um homem que tentava fugir e outros dois que estavam em uma das casas na chácara. No total, a carga era de 2.649 tijolos de maconha, pesando 2.369,7 quilos.

Ao longo do processo, um promotor que assumiu o caso no início ofereceu denúncia contra os cinco; posteriormente, o promotor citado no início da matéria manteve o pedido em relação a três, mas solicitou absolvição dos dois que saíam da chácara, pois considerou que não havia provas para ligá-los ao tráfico de drogas (eles alegaram que haviam ido até para fazer doações de roupas).

E, de fato, os dois foram absolvidos. O caseiro da chácara confessou participação no crime e apontou que os outros dois presos seriam cúmplices. Os três receberiam a condenação de três anos de reclusão em regime semiaberto inicialmente, mas a Justiça converteu a pena para prestação de serviços comunitários e pagamento de multa no valor de um salário mínimo.

Da Jovem Pan