Merenda escolar: Polícia cumpre mandados de busca em prefeituras de 16 cidades, entre elas, Cotia

Seis foram presos nesta terça-feira (19) por esquema em cidades paulistas. Cerca de R$ 135 mil foram apreendidos na casa de suspeito em Bebedouro.

Policiais Civis cumpriram na manhã desta terça-feira (19) mandados de busca e apreensão em 16 cidades, entre elas Cotia.

A operação chamada “Alba Branca”, comandada pelo Gaeco – Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, do Ministério Público e pela DIG de Bebedouro, investiga possíveis fraudes na compra de mercadorias da merenda escolar. Seis pessoas foram presas. Os mandados de busca e apreensão nas cidades foram expedidos pela comarca de Bebedouro.

albaMandados de busca
Ao todo, foram 24 expedidos mandados de busca e apreensão nas cidades de Colômbia, Santa Rosa de Viterbo, Paraíso, Novais, Bauru, Americana, Sumaré, Campinas, São Carlos, Mairinque, São Bernardo do Campo, Cotia, Mogi das Cruzes, Barueri, Caieiras e Santos.

Foram recolhidos documentos, anotações, processos, orçamentos, computadores, celulares, pen drives, dinheiro, cheques preenchidos e todo material referente a três cooperativas que fornecem alimentos para a merenda escolar.

“Não quer dizer, necessariamente, que em todas essas prefeituras nós vamos constatar irregularidades. Essas pessoas que foram detidas estão colaborando com as investigações e o próximo passo é finalizar esse trabalho de oitivas para que possamos ter um quadro parcial do trabalho de investigação”, disse o delegado seccional de Bebedouro, José Eduardo Vasconcelos.

Investigação
O delegado explicou que a investigação do caso teve início há seis meses, após um ex-funcionário da Coaf procurar o 1º Distrito Policial de Bebedouro para denunciar o suposto esquema.

A partir daí, os investigadores conseguiram apreender, em 9 de dezembro do ano passado, cerca de R$ 95 mil em dinheiro que estavam sendo transportados por um dos suspeitos e seriam destinados ao pagamento de propina a um agente político. Os nomes não foram revelados.

“Eles assediavam determinados servidores de prefeituras, oferecendo os serviços. O serviço é prestado, só que eles combinam um sobrepreço para que haja vantagem financeira para o agente da prefeitura, para o próprio vendedor, para a Coaf e também para o agente político que fez a intermediação”, explicou o delegado.

Do G1 e TV Tem