Oeste é despejado de Barueri, fica sem sede e vai mudar de cidade outra vez
O Oeste deixou na semana passada as instalações do CT da Villa Porto, localizado em Barueri, sede do clube desde 2017. A desocupação do local ocorreu em virtude do fim da cessão da estrutura pela prefeitura, que era uma apoiadora desde que o clube deixou Itápolis, no interior de São Paulo, onde foi fundado, em 1921. Na época, a alegação foi de falta do apoio da administração pública.
Atualmente, o Oeste tem treinado em um campo de futebol em Araçariguama. No entanto, a possibilidade de permanência do clube por lá é remota. Uma alternativa estudada é treinar em Araçariguama e mandar os jogos em outra cidade que tenha estádio.
A tendência, segundo apurou o ge, é que o Oeste seja abrigado por Osasco, onde o clube vinha utilizando o estádio José Liberatti nos jogos da Copa Paulista, competição na qual foi eliminado nas quartas.
A mudança de cidade, no entanto, pode gerar desconforto com outro clube: o Osasco Audax. Ex-parceiro do Oeste, o time é responsável pela manutenção do estádio e ficou incomodado com a cessão gratuita do local.
Outro problema, caso o Oeste se mude para Osasco, terá de ser solucionado. A Federação Paulista de Futebol permite apenas dois times registrados em uma mesma cidade e estádio. Neste caso, Grêmio Osasco e Osasco Audax compartilham as instalações do Liberatti. Em caso de mudança, o Oeste teria de pagar a taxa de transferência de cidade – atualmente no valor de R$ 800 mil.
Procurados pela reportagem, Oeste e a Prefeitura de Osasco não retornaram sobre a possibilidade de ambos firmarem parceria a partir de 2026. Caso haja resposta, o texto será atualizado.
A saída definitiva do Oeste da Arena Barueri passa por dois motivos centrais: a mudança de prefeito da cidade e a concessão da administração do estádio para a Crefisa, empresa de Leila Pereira, presidente do Palmeiras.
No antigo acordo, o Oeste utilizava as instalações da Arena sem custos como contrapartida por adotar Barueri em seu nome e na camisa em um projeto de divulgação esportiva idealizada pelo antigo prefeito da cidade. Depois da concessão do estádio, no entanto, isso mudou.
A empresa que administra a arena chegou a tentar um acordo para que o Oeste seguisse mandando os seus jogos no estádio, mas sob a condição de arcar com os custos operacionais das partidas. O valor foi considerado alto pelo clube.
Na última partida que fez na Arena, segundo a súmula, o Oeste teve prejuízo de R$ 18 mil entre receitas e despesas. O custo operacional do estádio foi de pouco mais de R$ 20 mil.
Troca polêmica de cidade
O Oeste mudou de casa após 96 anos de história. Fundado em 1921, o Rubrão jogou até 2016 na cidade de Itápolis, interior de São Paulo, quando se mudou para Barueri.
Com a alegação de não ter um estádio capaz de receber os jogos da equipe no Paulistão e Série B, o clube encontrou na Grande SP a estrutura e a logística consideradas ideais para ajudar no crescimento da equipe no cenário nacional.
Campeão da Série C do Brasileiro em 2012, o Oeste disputou a Série B por oito anos consecutivos, entre 2013 e 2020, quando foi rebaixado também no Campeonato Paulista. Desde 2023, não tem divisão nacional e atualmente conta no calendário apenas com a Série A2 e a Copa Paulista, torneio no segundo semestre que dá vaga na Copa do Brasil e na Série D.
Desde a saída do Oeste, o estádio dos Amaros, em Itápolis, recebe apenas pequenos reparos para a realização de jogos do campeonato amador da cidade. Sem perspectiva de retorno do clube, o local é subutilizado.
Por Emilio Botta – GE – Matéria completa:
https://ge.globo.com/sp/futebol/noticia/2025/09/25/oeste-e-despejado-de-barueri-fica-sem-sede-e-vai-mudar-de-cidade-outra-vez-veja-alternativas.ghtml