Cotia precisa de fiscalização sobre catchup, mostarda e maionese em bisnagas

Em uma época que os vereadores de Cotia se preocupam em criar tantas leis sem muita urgência ou quase nenhuma, como os casos dos canudinhos plásticos (as garrafas pet ficaram de fora?), já está na hora de se preocupar com a saúde da população e colocar uma vigilância maior em cima de alimentos in natura vendidos na cidade.

Um dos casos que causam intoxicação em muitas pessoas são os condimentos, como catchup, mostarda e maionese oferecidos em bisnagas e sem refrigeração.

Não basta ir longe, é só circular pela cidade e ver aqueles tubinhos (como nas fotos) nos balcões de lanchonetes, padarias, carrinhos de cachorro quente e todos sem refrigeração e com falta de higiene, já que algumas pessoas encostam o bico da bisnaga no alimento já mordido, em uma troca enorme de bactérias que proliferam para todos que vão usar o condimento na sequência. A falta de higiene e cuidado dos comerciantes também contribuem com isso.

Há lei municipal sobre a forma de armazenar, manuseio e demais condições de uso de alimentos, mas é pouco fiscalizada e cumprida e no caso das bisnagas, não há um parágrafo específico. Recentemente em Cotia houve a preocupação de fiscalizar ambientes fechados em que pessoas estavam fumando, mas coibir a prática errada de manuseio e conservação do alimento oferecido ao público, pouco se fala e se faz.

Males à saúde

As embalagens de catchup, mostarda e maionese apresentam alto índice de contaminação, como já mostraram pesquisas feitas pela Usp – Universidade de São Paulo, onde na área externa das bisnagas, mais de 80% estavam infectadas por fungos, bactérias e coliformes fecais. Além disso, a falta de refrigeração faz proliferar bactérias e até estraga o produto que vai ser ingerido.

Uma pessoa que se contamina pode ter infecção intestinal, com cólicas, vômitos e diarreias. Em algumas cidades, por determinação da Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária, as bisnagas de molhos já são proibidas e foram substituídas pelos sachês, que não precisam ser refrigerados e são de rápido consumo, devido a pouca quantidade que armazenam.

A recomendação é que se use sachês de marcas (ao lado) que tenham o picote para rasgar a embalagem, o que facilita o consumo, ao invés de rasgar com a boca, o que também é uma prática que pode causar danos à saúde.

Por Sam Ávila – repórter Cotia Agora