Operação Lava Jato faz prisão e apreensões em cidades da região

Na sexta-feira (1º), a Polícia Federal cumpriu 12 ordens judiciais relativas à 27ª fase da Operação Lava Jato em quatro cidades do estado, incluindo duas da região, Osasco e Carapicuíba.

Além delas, os agentes também atuaram na capital paulista e em Santo André. Batizada de “Operação Carbono 14”, a ação contou com oito mandados de busca e apreensão, dois mandados de prisão temporária e dois mandados de condução coercitiva, caso que ocorre quando um suspeito é levado a depor. Segundo a assessoria da PF, a fase deflagrada ontem investiga prática de crimes como extorsão, falsidade ideológica, fraude, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro, em especial, envolvendo a Petrobras e o Banco Schahin.

Em Carapicuíba, além de mandado de busca e apreensão, o foco na cidade ficou por conta da prisão do ex-secretário nacional do PT Silvio Pereira, proprietário de imóvel no município. Ele é investigado por integrar suposto esquema de lavagem de dinheiro. A suspeita é de que ele teria recebido R$50 mil para garantir seu silêncio em relação de irregularidades cometidas pelas empreiteiras OAS e UTC Engenharia. Nascido em Osasco, o antigo cacique petista ainda era ligado à cidade e chegou a montar o restaurante “Tia Lela”, local onde o partido realizava reuniões ocasionais. Em coletiva ocorrida em Curitiba, o procurador Diogo Castor informou que Silvio Pereira também é suspeito de se beneficiar de corrupção da Petrobras. Segundo ele, uma série de evidências legitima seu pedido de prisão temporária.

Além de Silvio Pereira, foi preso também o empresário Ronan Maria Pinto, dono do “Diário do Grande ABC”, acusado de lavagem de dinheiro e crimes contra a administração pública. Ele é suspeito de ter recebido R$ 6 milhões dos R$ 12 milhões obtidos em negócios que envolvem a Petrobras e o Banco Schahin. Os dois foram encaminhados à Superintendência da PF, em Curitiba. No caso de Osasco, a Polícia Federal executou mandado de busca e apreensão na DNP Eventos, empresa apontada como uma das quais Ronan tem controle. As conduções coercitivas foram do ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, e do jornalista Breno Altman, diretor editorial do site Opera Mundi e colunista do portal Brasil 247.

Por Maxiliano Soriani – Webdiario