Praça da Matriz de Cotia vira ‘albergue’ de moradores de rua

O que seria um dos cartões postais de Cotia, como acontece em milhares de cidades pelo mundo, nos últimos anos virou centro de polêmicas, a Praça da Matriz.

Depois de permanecer quase três anos em reforma, que para muitos, ficou mais feia do que antes, agora a praça é motivo de outra polêmica: o grande número de moradores de rua que tomaram conta do local.

A qualquer hora do dia quem passa por ali se depara com muitas pessoas, a maioria homens, dormindo em cima do palco, sentados nos arredores ou nos bancos.

Só que para piorar a situação, agora eles arrombaram a porta de acesso a uma sala atrás do palco, que serve de camarim para dias de shows. O buraco na porta de alumínio serve de passagem para o interior da sala, onde estão morando mais de dez pessoas. (CLIQUE AQUI e veja vídeo do colaborador Zamu Mendes)

Comerciantes e frequentadores da praça estão preocupados com o aumento de moradores e a falta de uma solução por parte da prefeitura, que não tem nenhuma política de abrigo e auxílio para essas pessoas.

O aumento de moradores de rua em Cotia vem crescendo todo ano e não é só na Matriz, mas também em outras praças, como a Joaquim Nunes, no Atalaia e próximo ao Mercado Municipal.

Procuramos a Secretaria de Obras para saber o que pode ser feito, mas a pasta respondeu que a competência para o assunto é da Secretaria de Desenvolvimento Social, que até o momento não respondeu.

Casa de Passagem 

Em 2011 foi prometida pela prefeitura a construção de uma Casa de Passagem, onde moradores de rua e em situação de vulnerabilidade social pudessem ter auxílio por parte da administração.

O local não seria um albergue, mas serviria para que essas pessoas pudessem jantar, tomar banho e dormir, retornando às ruas durante o dia. Em alguns casos, seriam encaminhadas para hospitais e casas de recuperação e teriam um endereço fixo, para obterem acesso aos benefícios do Governo.

Um espaço foi criado na Rua Jorge Caixe, ao lado da antiga ProCotia, mas, não comportava a presença de muitas pessoas, pois o espaço era pequeno. Nem as instalações foram adequadas.

Na época a promessa de arrumar um novo espaço foi feita, já que haviam registradas quase 60 pessoas na Secretaria. Esse número se elevou depois de um ano, passando das 80 pessoas.