Prefeitura de SP confirma carnaval de rua em 16 e 17 de julho

A Prefeitura de São Paulo bateu o martelo, e blocos de carnaval de rua vão desfilar no final de semana de 16 e 17 de julho.

No último sábado (4), a Secretaria Municipal da Cultura abriu uma licitação para escolher um patrocinador para a festa, já que o patrocínio do carnaval deste ano foi cancelado junto com a folia em fevereiro. O prazo se encerra no dia 17 de junho e vence quem der o maior lance, a partir de R$ 10 milhões.

Somente poderão desfilar no que está sendo chamado de “Esquenta do Carnaval de 2023” os 296 blocos já previamente inscritos, num total de 323 cortejos. O público estimado pela prefeitura para o evento é de 4,5 milhões de pessoas e cerca de 5.000 ambulantes serão credenciados.

A maioria dos blocos deve desfilar na Zona Oeste — totalizando 155 nos dois dias. Em seguida, vem o Centro da cidade, com 66 cortejos. As Zonas Leste e Norte são as que terão menos desfiles, 32 e 33, respectivamente.

Os locais que devem reunir mais gente são os já tradicionais: Avenidas Tiradentes, Ibirapuera, Henrique Schaumann, Faria Lima/Juscelino Kubitschek, Marquês de São Vicente, Luis Dumont Villares e o perímetro central da cidade, segundo a prefeitura.

Outros, considerados “trajetos médios”, com capacidade para até 40 mil pessoas, são a Rua dos Pinheiros, Augusta, a Vila Madalena, o Largo da Matriz (Freguesia do Ó) e a Rua Treze de Maio.

Em reunião entre os blocos e a pasta na segunda-feira (6) no Centro da capital, os representantes, porém, reclamaram da falta de fomento da prefeitura. Também criticaram a demora entre o fim das inscrições e um anúncio de que o carnaval realmente seria feito. Agora faltam apenas cerca de 40 dias para o evento, período considerado curto para que eles consigam patrocínios ou apoios para bancar os custos dos desfiles.

Segundo a secretária da Cultura, Aline Torres, não haverá fomento para os blocos desfilarem em julho. O que a pasta fez foi um projeto de contratação dos blocos menores, da periferia, entre agosto e fevereiro.

“O que a prefeitura oferece? O que sempre oferece. Definimos os trajetos, que serão bem parecidos com o tradicional. Mas agora é só um final de semana, não são 800 blocos, mas 300. Oferecemos gradil, banheiro, posto médico, fechamento das ruas, com interdições e desvios, além dos produtores”, disse Torres, que também rebateu as críticas sobre a demora, já que a secretaria estava organizando a Virada Cultural nas últimas semanas.

A secretária também disse que vai montar uma comissão permanente para discutir os desfiles de rua.

Do G1