Quatro cidades da região estão sob risco de surto de dengue

Barueri, Itapevi, Osasco e Parnaíba aparecem em situação de alerta para surto de dengue, chikungunya e zika em levantamento divulgado pelo Ministério da Saúde.

As cidades de Barueri, Itapevi, Osasco e Santana de Parnaíba estão sob alerta para um surto de dengue, chikungunya e zika. É o que aponta levantamento, divulgado pelo Ministério da Saúde, envolvendo 1.792 municípios brasileiros e com base no Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa), que aponta a taxa de focos do mosquito transmissor das três doenças dentro dos imóveis.

O LIRAa é dividido em três faixas, com base no percentual de infestação dos imóveis. Essas quatro cidades estão na intermediária, a faixa amarela, com LIRAa entre 1% e 3,9% – que soma 665 municípios. Itapevi tem o maior índice, de 3,5%, enquanto Barueri registrou 2%, e Osasco e Parnaíba registraram 1,8% cada. Essa situação fica abaixo da considerada de risco para um surto (faixa vermelha e índice acima de 4%), mas acima da satisfatória (faixa verde, abaixo de 1%). Nesse último grupo, das 5 cidades da região envolvidas no levantamento, aparece Carapicuíba, com índice de 0,6%. Cotia, Jandira e Pirapora do Bom Jesus não fizeram parte do levantamento.
O estudo aponta também que 199 municípios brasileiros estão situação de risco de surto de dengue, chikungunya e zika. Isso significa que mais de 4% das casas visitadas nestas cidades continham larvas do mosquito. Já as cidades com índice satisfatório são 928. O LIRAa também aponta onde está a maioria dos focos do mosquito. Nas cidades da região, quem lidera são os reservatórios de armazenamento de água, como caixas e tonéis. Em segundo lugar aparecem os focos dentro das casas, em vasos de plantas ou garrafas. E, em terceiro, o lixo.

De acordo com o ministério, até 14 de novembro, foram registrados 1,5 milhão casos prováveis de dengue no país. O aumento é de 176%, comparado ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 555,4 mil casos. Nesse período, a região Sudeste apresentou 63,6% do total de casos.

Dentre os Estados, Goiás registrou a maior incidência, com 2.314 casos por 100 mil habitantes, seguido por São Paulo, com 1.615 casos por 100 mil habitantes. O levantamento não traz dados por município. Mas números da Vigilância Epidemiológica, da Secretaria Estadual da Saúde, apontam que as cidades da região somam, até 30 de outubro, 16.959 casos da doença. Essa quantidade é menor que a registado no levantamento anterior, com quase 18 mil, porque há oscilações entre os casos suspeitos e confirmados. Quem lidera essa lista é Barueri, com 6224 registros, seguido por Carapicuíba, com 2462, e Itapevi, com 2177. Cotia vem na sequência, com 1972 e Osasco soma, no mesmo período, 1519. A lista traz ainda 1316 casos em Jandira, 1236 em Santana de Parnaíba e 53 em Pirapora do Bom Jesus.

Por Erica Celestini – Webdiario