SP começa a aplicar 5ª dose da vacina; entenda quem tem direito

Nesta semana, o estado de São Paulo, incluindo a capital, deu início à aplicação de uma quinta dose da vacina contra o coronavírus. O público alvo é restrito: apenas idosos com mais de 60 anos que sejam imunossuprimidos. A recomendação, segundo a Secretaria Estadual de Saúde, segue as determinações do Ministério da Saúde. Especialistas explicam que essa dose extra é indicada porque pessoas com imunossupressão têm naturalmente uma resposta menor à ação das vacinas.

“Os imunossuprimidos têm fatores que limitam a resposta induzida pela vacina, seja pela supressão do sistema imune por causa de um tratamento específico para uma doença, seja por uma patologia crônica que afeta a atuação desse sistema. Por isso, esse grupo precisa de uma vacina a mais. Eles também foram os primeiros a serem vacinados, então os primeiros a terem uma queda na imunidade”, explica o doutor em imunologia e pesquisador do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo, Gustavo Cabral.

O Brasil, assim como outros países, considera que o esquema primário da vacinação — tradicionalmente de duas doses — é entendido como de três doses para os imunossuprimidos. Com isso, o primeiro reforço, que para a população geral é uma terceira dose, já é a quarta neste público. Consequentemente, o segundo reforço, orientado pelo Ministério da Saúde a maiores de 60 anos, é a quinta dose para idosos com imunossupressão.

Essa terceira aplicação que faz parte do esquema primário dos imunossuprimidos recebe o nome oficial de dose adicional. Ela é orientada no período de 28 dias após a segunda. Em seguida, o primeiro reforço é indicado quatro meses após a dose adicional, e o segundo reforço no mesmo intervalo de tempo da última aplicação.

Do O Globo