Coluna de Adriana Biem: “Eu te desejo novidades”

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Outro dia, ao escrever uma mensagem de aniversário, percebi que havia escrito no meio dela: “Que o seu ano seja cheio de novidades”. Ao perceber isso, imediatamente lembrei que é algo bem costumeiro para mim, sempre escrevo isso ou algo parecido com isso. Costumo desejar novidades e surpresas.

Eu gosto de novidades, nada me cansa mais do que a mesmice, do que passar um dia após o outro fazendo sempre a mesma coisa, na mesma rotina. Nunca fui de dormir todos os dias na mesma hora, comer sempre no mesmo horário e nem nada disso definido como rotina. Minha vida é sim, um tanto quanto atrapalhada por conta disso, mas no final, sempre dá tudo certo.

Mas voltando aos desejos de aniversário, pensei que tem muita gente que não gosta de novidades, tem muita gente que está super adaptado à rotina e que vive feliz da vida assim e comecei a divagar sobre isso. Por que não querer coisas novas mesmo tendo uma vida com rotina? Uma coisa não impede a outra, não é mesmo? Teve uma época da minha vida que botei na minha cabeça que todos os dias eu faria uma coisa nova, diferente. Cumpri isso por um período no qual me forçava a fazer um novo caminho, a almoçar em um local que eu nunca havia entrado, a tomar um sorvete de um sabor diferente, ouvir uma música ou uma banda nova e por aí vai, todos os dias, nem que fosse algo simples eu tentava ter uma nova experiência. Não durou tanto tempo, mas foi uma experiência bacana, uma forma de enxergar que mesmo dentro de uma determinada rotina, é possível ter mil experiências novas e que isso acaba sendo natural se conseguirmos percebê-las.

Se deixarmos a vida nos apresentar as novidades presentes, percebemos que cada dia é um novo dia e é o nosso olhar que vai fazê-lo ser diferente ou até mesmo especial. Você pode trabalhar todos os dias das 8 às 18 e mesmo assim se permitir experimentar, mesmo assim gostar do novo, mesmo assim querer novidades e deixá-las chegar até você. O segredo é estar aberto ao novo.

Eu vou continuar desejando o novo na minha vida e na vida das pessoas ao meu redor. Uma nova viagem, um novo corte de cabelo, um novo emprego, melhor que o anterior, um novo sonho e por que não um novo amor? Ou uma nova forma de ver o seu velho amor.

O novo por vezes dá medo, mas como escreveu Belchior a linda canção interpretada por Elis Regina, “o novo sempre vem”, e já que é assim, respire fundo e se jogue nele.

*Adriana Biem uma psicóloga que está tentando ser cronista – Telefone: 9-9495-2141 – adrianabiempsicologa.com.brEmail: [email protected]