Coluna de Rafael Oliveira: A banda mística dos anos 60, Blue Oyster Cult
Talvez alguns dos mais antigos tenham ouvido falar sobre essa banda lendária, surgida nos anos 60 na esteira de bandas como Pink Floyd, Black Sabbath, Dep. Purple, Uriah Heep, Grand Funk Railroad entre outras.
Mas essa banda em especial não possui nenhum grande sucesso comercial, ou até mesmo tocado com grande força na rádio como essas outras bandas que falamos, não me lembro de nenhum até o momento desta postagem, mas isso não tira o valor dessa banda que apesar do som de hard rock com um pouco de metal, apropria características muito diferenciadas em suas letras e suas composições sonoras como por exemplo: uso de temáticas da literatura do terror e ficção científica, assuntos relacionados ao misticismo, ocultismo, monstros lendários, maldições, vampiros enfim.
Algumas de suas canções podem ser notadas da literatura de Edgar Allan Poe e até mesmo Stephen King, os dois gênios da literatura do terror e do pânico.
Mas a questão no momento é falar sobre o mais recente álbum lançado por essa banda, que ainda está “quentinho do forno”. Claro que diante de tal banda foi obrigado a passar na frente de tantas outras que aguardam a serem ouvidas por este colunista.
Blue Oyster Cult lança seu novo álbum em meados de outubro do ano passado, o chamado “The Symbol Remains”, inclusive o título deste álbum vem de uma música chamada: “Shadow Of California” que se não me engano é canção de outro disco desta banda, lançado em meados dos anos 80.
Este é o novo disco de estúdio dos “caras”, desde seu último lançado no ano de 2001 – “Curse Of The Hidden Mirror”, tornando-se o intervalo mais longo da história da banda entre lançamentos de discos.
Não sei como uma banda tão criativa e cheia de histórias interessantes não tenha conseguido acertar o compasso do marketing e lançado inúmeros sucessos comerciais, tendo transformado seus shows em puro entretenimento para seus fãs, feito um enorme esforço para colocar seus sucessos nas capas de livros, filmes e etc.
Infelizmente não é a produção do disco que é caro, como disse o vocalista, a forma de vender a ideia é que está errada.
Esse disco, por exemplo, tem canções interessantes de serem notadas, vamos dar uma pincelada rápida. Ao começar pela faixa musical do disco: “Box In My Heart” a canção fala sobre como a mente é enigmática e sombria as vezes, fala como podemos nos intrigar com tantas coisas que ainda não conhecemos sobre ela [mente], já a canção “The Alchemist” faz referência ao conto de HP Lovecraft sendo esta canção uma das mais elogiadas do disco e inclusive subindo para as paradas musicais, a música é uma extensa história sobre maldição e monarquia, traições palacianas e feitiçaria.
As canções a seguir como “Floripa Man” – faz referência ao meme de internet como o mesmo nome, “The Return Of St Cecilia” é também uma canção antiga que foi gravada sobre outro nome – “Stalk-Forrest Group” e ou faixa do disco “The Machine” fazendo referência aos celulares que a galera usa atualmente.
O disco é repleto de referências e histórias enigmáticas, você também poderá notar nessa faixa “Edge Of The World” uma música que fala sobre teorias da conspiração e abduções alienígenas.
Eu particularmente gostei bastante de “Train True” uma pegada de riffs de country-rock, mas também é possível notar tons do metal nas canções: “The Machine”, “The Alchemist” e “Stand And Fight”, talvez sejam as melhores canções do disco, sobre minha ótica.
Sobre esse disco deixarei minhas impressões apenas iniciais, mas pretendo falar mais sobre isso em uma segunda postagem sobre a banda Blue Oyster Cult, acho que é bastante produtivo falar sobre esse temático grupo e suas referências históricas musicais.
Vamos ao som:
Acesse os canais de mídia – Instagram: @blue_oyster_cult
*Por Rafael S. de Oliveira – Mórmon/SUD – Com oficio de Elder, Diretor de Assuntos Públicos e Especialista de Bem Estar, membro da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Vice-Presidente – O Observatório: Associação de Controle Social e Políticas Públicas da Zona Oeste de SP (mandato 2020-2023). Técnico em Políticas Públicas pelo PSDB (Partido da Social Democracia do Brasil), Engenheiro de Produção e ex-gestor por 3 grandes empresas (Luft Logistics, IGO SP e TCI BPO). Apresentador e Produtor pela Rádio Meteleco.Net (Programa Garimpo) e Colunista no Jornal Cotia Agora (Caderno de Música, Discos, Experiências e Cultura).