Com novo aumento do gás de cozinha, preços chegam a até R$ 90 em Cotia

A Petrobras anunciou o reajuste de 5% no gás de cozinha na quarta-feira, 4 de novembro. Com a nova elevação, o preço do produto já alcança 16,6% de aumento em 2020.

Os valores para o consumidor final também estão mais altos, pois além de terem liberdade para praticar preços, as distribuidoras devem ainda incorporar o valor de impostos (ICMS, PIS/Pasep e Cofins) e outros custos como mão de obra, logística e margem de lucro.

Em nota, a Petrobras ressaltou que as distribuidoras são as responsáveis pelo envase em diferentes tipos de botijão e, junto com as revendas, são responsáveis pelos preços ao consumidor final.

O consumidor vem notando uma alta no preço do gás de cozinha em Cotia. Somente nesta semana, o botijão de 13 kg chega a ser vendido por R$ 90 em revendedores na periferia da cidade. Na região central ainda há revendedores com o preço antigo de R$ 79,00.

Com a alta, a primeira pergunta seria se o preço estaria relacionado com a inflação. E a resposta é: não. Os preços do gás subiram mais que a inflação geral. Em outubro, o botijão aumentou 2,07%, enquanto o IPCA-15 avançou 0,94%. No ano, o gás de botijão acumula um avanço de 5,47%, contra uma inflação geral de 2,31%.

De acordo com Rodrigo Leão, coordenador técnico do Ineep (Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), ouvido pelo site 6 minutos, existe uma combinação de fatores influenciando o preço do GLP – Gás Liquefeito de Petróleo: a política da Petrobras, a desvalorização do real e os custos de logística.

Outra questão é que o Brasil importa uma parte do GLP consumido internamente. Com o aumento da demanda durante a pandemia, foi necessário aumentar as importações.

Do Cotia Agora / Isto É Dinheiro e Semanário