Peritos pedem por suspensão da perícia médica presencial no INSS

A ANMP – Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência entrou na Justiça com uma ação coletiva para suspender o pente fino do INSS – Instituto Nacional do Seguro Social. De acordo com a associação, a perícia médica presencial gera risco aos segurados e funcionários.

O INSS está exigindo a perícia médica presencial dos segurados que estão recebendo o benefício por incapacidade temporária e que ainda não tinha feito o exame. O auxílio-doença foi disponibilizado, por meio de apresentação de documentos.

Porém, agora o instituto voltou a exigir a perícia médica presencial a esses segurados, lotando as agências. Diante disso, a ANMP entrou com um processo coletivo para suspender o pente fino do INSS.

De acordo com a ANMP, o retorno da perícia médica presencial é uma improcedência sanitária, social e econômica, devido a atual situação de pandemia. Com isso, coloca em risco a saúde dos segurados, dos servidores do INSS e médicos peritos.

O vice presidente da ANMP, Francisco Eduardo Cardoso Alves, disse que um pente fino neste momento não faz sentido, já que a pandemia gerou um a situação de crise econômica e aumento da inflação. Diante disso, muitos brasileiros precisaram recorrer aos auxílios para sobreviver.

No texto entregue a Justiça, a associação afirma que a contaminação dos servidores por coronavírus cresceu após a aglomeração de segurados nas agências da Previdência Social. Francisco alerta que a maior parte dos segurados do INSS é de idosos e doentes, ou seja, grupos de risco.

A situação piora com o risco de contaminação com a variante Delta que está presente no país. “Por isso, consideramos um péssimo momento para aglomerar idosos em um local fechado”, destaca Francisco.

As perícias médicas retornaram no ano passado, após acordo feito com a categoria, assegurando a redução no atendimento, para diminuir o risco de transmissão do vírus. Porém, segundo a associação, estão convocando beneficiários que não deveria passar pela perícia.

“Eles estão chamando aposentados idosos acima de 60 anos. Há o caso de uma pessoa que teve o benefício judicial implantado um mês antes e já estava convocado para a revisão. Uma senhora de 80 anos sendo chamada. Há um descalabro total”, afirma Francisco.

Por Glaucia Alves – FDR