Cotia: Rota alternativa à Raposo Tavares, prometida por ex-prefeito, nunca saiu do papel

Mais uma vez os usuários da Raposo Tavares passaram sufoco com a rodovia parada, desta vez por baderneiros que fecharam trechos, principalmente na região do Km 21, travando a via e impedindo trabalhadores de chegarem a seus empregos, estudantes em suas escolas e o cidadão comum em seu direito de ir e vir.

Muita gente não conhece caminhos alternativos para sair dos congestionamentos da Raposo, mas também, esses rotas de fugas hoje pouco ajudam, já que vários motoristas se antecipam e acabam as usando para fugir da rodovia e enfrentam mais congestionamentos nas ruas locais.

Por falar em ruas locais e rotas de fuga, nada é feito para que o morador de Cotia tenha alternativas ao sair de casa e se livrar de pelo menos parte do trânsito da Raposo e a história de melhorias neste quesito vem de longe e nesta semana, depois do caos, dois leitores antigos do Jornal Cotia Agora lembraram de um projeto lançado e não cumprido pelo prefeito Carlão Camargo, em junho de 2015, publicado por nós.

O projeto alardeado como solução para as pessoas desviarem do trânsito da região do Portão até o 21, nunca foi posto em prática. As obras sequer começaram.


Entenda o projeto abandonado

Intitulado Projeto Meandro, a região receberia obras de interligação entre importantes vias da cidade e serviria de rota para quem não quisesse enfrentar o trânsito da rodovia. A primeira etapa seria a ampliação da Rua Meandro, no Jardim Colibri, ligando a Estrada do Embu com a Avenida João Paulo Ablas, já no Jardim do Engenho.

A segunda parte era a ligação do Engenho até o Km 21 da Raposo, formando um corredor pela Rua dos Esquilos, Estrada dos Galdinos e Estrada do Espigão. A obra consistia em aberturas de novas vias e recuperação das estradas, com nova pavimentação e sinalização.

Outra via que receberia obras e nova ligação era a Rua Howard Acheson Junior, onde funcionou a Faculdade Estácio. Ali seria feita uma abertura entre a rua e a Estrada dos Galdinos, sendo mais uma opção de desvio para os motoristas.

Essas obras acabariam interligando a região do Portão. Os motoristas poderiam sair do bairro, passar pelo Sabiá, Ipê e seguir pela Estrada do Capuava até a Estrada do Embu e pegar o trecho citado acima. Uma rota que, se construída, teria ajudado muito os motoristas.

Passados todos esses anos, a mudança de administração, nenhum outro projeto foi criado para abrir ruas e avenidas, corredores alternativos. A especulação imobiliária e o crescimento da população, também tem travado não só a Raposo, mas dezenas de vias locais estreitas e sem infraestrutura.