Denunciados por crimes ambientais em Cotia viram réus em ação do MP

A Justiça de Cotia manteve as prisões preventivas decretadas e recebeu denúncia oferecida pelo Gaeco – Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado contra 13 pessoas, todas acusadas de integrar organização criminosa, crimes ambientais, crimes contra a lei de parcelamento do solo e corrupção ativa e passiva. O trabalho é fruto da Operação Nerthus, deflagrada pelo Gaeco, em conjunto com a Polícia Militar Ambiental, no dia 24 de junho. A operação teve como objetivo desarticular uma quadrilha que atuava em Cotia, entre eles, três secretários municipais da Prefeitura, que ainda são investigados.

A investigação teve origem com a Operação Fast Track, deflagrada em novembro de 2020, identificando e desarticulando a célula jurídica da facção criminosa conhecida como PCC – Primeiro Comando da Capital denominada “Setor Universo”. Com base naquela investigação, também presidida pelo Gaeco, identificou-se uma organização criminosa existente desde meados de 2018 em Cotia, mais especificamente no Parque das Nascentes.

Conforme o apurado, o Parque das Nascentes apresenta grande relevância ambiental por abrigar 13 nascentes e cursos d´água que abrangem duas sub-bacias, o que enseja a incidência em APP – Área de Preservação Permanente. Todavia, a região tem sido alvo dos investigados, que passaram a criar loteamentos clandestinos no local. Para tanto, eles usavam mecanismos agressivos de desmonte ambiental, com aplicação do chamado “correntão”. Além de gravemente lesiva à flora local, a prática resulta em morte de animais ao não permitir sua fuga. Apurou-se ainda que o sucesso da atividade criminosa dependeu da conivência e participação de agentes públicos e políticos, que ocorrem por meio de atos de corrupção.

Informações do Ministério Público de SP

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