Dr. Thiago Camargo: Obesidade para de Crescer no Brasil

É o que revela pesquisa Vigitel 2013 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), divulgada em 2014 pelo Ministério da Saúde.

Realizada anualmente desde 2006, a pesquisa é feita por telefone e busca identificar comportamentos e fatores de risco na população. Foram ouvidos 53 mil adultos nas 26 capitais, além do Distrito Federal.

Segundo a pesquisa, 50,8% da população tem sobrepeso, contra 51% no ano anterior. Desses, 17,5% são obesos – em 2012 eram 17,4%. De 2006 a 2012, o percentual de brasileiros com excesso de peso foi crescendo continuamente.

Esses fatores estão relacionados com diversas doenças crônicas, como diabetes e doenças cardiovasculares. A queda dos percentuais de sobrepeso foi identificada tanto entre homens [de 54,5% para 54,7%] como em mulheres [48,1% para 47,4%].

O aumento de atividades físicas e a melhor alimentação são apontados pelo ministério como fatores que contribuíram para esse resultado. Em 2009, 30,3% da população faziam atividade física no tempo livre. Em 2013 o percentual subiu para 33,8% -nos últimos anos, já havia essa tendência de crescimento.

Ao mesmo tempo, também houve aumento da frequência do consumo recomendado de frutas e hortaliças – 20% dos brasileiros adultos em 2008 atingiam esse consumo (5 ou mais porções por dia, em 5 ou mais dias da semana). Em 2013, eram 23,6%.

Alimentação melhor, com mais atividade de lazer, é o que explica a consistência do dado de que a situação do excesso de peso do brasileiro e obesidade estão melhorando.

Nesta edição da pesquisa, foi abordada pela primeira vez o hábito de substituir o almoço ou jantar por lanches de baixo valor nutritivo, como pizzas, sanduíches e salgados. Segundo a pesquisa, 16,5% dos brasileiros adotam esse hábito diariamente. O percentual é maior entre as mulheres (19,7%) do que entre homens (12,6%).

O Vigitel 2013 identificou ainda uma queda no percentual de fumantes na população acima de 18 anos. Entre 2006 e 2013, houve uma redução de 28%, saindo de 15,7% naquele ano para 11,3% no ano passado. Foi a pela primeira vez que notou-se uma redução significativa também entre mulheres. Entre os homens vinha caindo todos os anos. Entre as mulheres, nos primeiros anos, houve uma redução muito leve. A partir principalmente de 2011, observou-se que se estabelece um padrão de descida. O tabaco talvez seja, isoladamente, o maior fator de risco de doenças crônicas não transmissíveis.

*Dr. Thiago Camargo (CRM 107445) é ginecologista e especialista em saúde da mulher e escreve quinzenalmente no Cotia Agora.

2 comentários em “Dr. Thiago Camargo: Obesidade para de Crescer no Brasil

  • 08/07/2015 em 10:18
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    Há 6 anos descobri que estava com câncer de mama e não tinha assistência médica. Fui atendida no posto do Atalaia pelo Dr. Thiago que foi de uma delicadeza comigo, num momento em que eu estava tão frágil, e me encaminhou ao IBCC. Na época, não tive oportunidade de agradecer a ele, o que estou fazendo agora. Muito obrigada pelo seu profissionalismo, pelo seu amor à profissão e às pessoas. Em agosto receberei “alta”.
    Um abraço,
    Elisete

  • 08/07/2015 em 11:04
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    Elisete… Obrigado pela atenção e pelas palavras.
    Parabéns por toda essa sua força de vontade para atravessar um tratamento desse nível e ser vitoriosa…
    Lembre-se que na vida temos poucas certezas, mas como dizia a inesquecível Irmã Dulce: “A verdadeira felicidade está em Amar e Servir”.
    Grande abraço,
    Thiago

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