Educadora de Cotia concorre ao 22º Prêmio Revista Claudia

Maior premiação feminina da América Latina, o prêmio CLAUDIA chega à sua 22ª edição reconhecendo o talento, as histórias de superação e a realização de brasileiras em diferentes áreas. Conheça as finalistas deste ano, escolha as suas favoritas e dê o seu voto. Com ele, você ajuda a homenagear as mulheres que batalham para fazer deste um país melhor.

A educadora Lucimara Batista de Lima costuma perguntar: “O que te faz feliz?”. Não cansa de repetir a indagação a funcionários e alunos (e até aos pais deles) da Escola Municipal Professora Ana Maria Pereira, que dirige, no bairro Nakamura Park, em Cotia.

“Nossa prática diária tem de estar em harmonia com nossas crenças e as coisas que nos fazem bem. Caso contrário, nada dá certo”, defende, enquanto caminha pelos 11 mil metros quadrados da instituição de ensino. Menos de 10% são ocupados por construção.

Com duas salas administrativas, recepção, banheiros e refeitório, o prédio tem apenas duas salas de aula – onde estudam 118 alunos do 1º ao 5º ano, em dois turnos. O restante do espaço exibe gramado, árvores altas e brinquedos de madeira ao ar livre, além de uma horta, o xodó de Lucimara. Essa é a estrela do projeto Quero o Verde, de conscientização ambiental, que a consultora Natura criou.

Há cinco anos, quando chegou ali, Lucimara não ficou contente com o que encontrou. É que havia também um ecoponto, local de descarte de material para reciclagem. A vizinhança arremessava o lixo de qualquer jeito, sem se importar com suas condições ou seu destino. “Resolvi começar de dentro para fora”, conta ela.

Mobilizou, então, a comunidade escolar para fazer a seleção de embalagens e outros itens antes de descartá-los ou reutilizá-los. Um total de 1,2 mil garrafas pet se transformou na cerca da horta – onde, em média, são produzidos 500 pés de alface a cada dois meses.

Há beterraba, cenoura, tomate, rúcula, salsinha, cebolinha, hortelã e outros alimentos consumidos no refeitório por alunos e funcionários. O excedente é dividido com moradores do entorno.

A horta ainda serve para nutrir a cabeça da criançada. “Estabelecemos conexões entre o conteúdo em aula e nosso espaço”, diz ela. Quando semeia algo novo, são feitas plaquetas com informações sobre data do plantio, estimativa de colheita, instruções para o cultivo e nomes das crianças responsáveis.

Para as menores, é parte do processo de alfabetização. As que já dominam a escrita ampliam conhecimentos de ciências. Nos fins de semana, há atividades abertas a alunos e toda a comunidade vizinha.

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Por Giuliana Bérgamo – Cláudia – Foto: Pablo Saborido