Guardiões das Abelhas sem Ferrão – 2ª Parte

Em nossa coluna anterior (LEIA) nós falamos sobre a divisão das tarefas para o crescimento de desenvolvimento da colmeia das abelhas nativas brasileiras.
Enquanto uma é responsável pela postura de ovos e ordenamento das atividades existem outras que cuidam do ninho, da ampliação das estruturas internas, da manutenção da temperatura, limpeza, busca de néctar e pólen.

Hoje nós vamos abordar a etapa da multiplicação da colmeia quando esta colônia atinge a maturidade. As abelhas sem ferrão utilizam um método diferente das abelhas europeias, primeiramente algumas abelhas campeiras saem para explorar o entorno numa distância segura para retornarem à colônia original e que não impacte negativamente na quantidade de alimentos para ambas.
Esta distância é de até um quilómetro e meio, normalmente. Ao identificarem um local adequado algumas abelhas da colmeia começam a transportar cera e materiais para construir o interior da nova colônia. Elas iniciam o correto dimensionamento
do acesso para a área interna para em seguida fazer a infraestrutura necessária para a chegada da abelha que fará a postura dos ovos.

Na colônia original a atividade permanece dentro da sua rotina, os materiais necessários para a construção da nova são retirados sem causar danos à saúde da colmeia. É importante saber que nela existe uma abelha responsável pela postura dos ovos e que esta não abandonará a colônia original, a nova colmeia irá definir a responsável por esta tarefa quando terminarem a
sua construção.

Cada espécie de abelhas nativas necessita de um determinado tempo para que concluir a estrutura mínima da nova colônia e, após isto, um grupo de abelhas deixa a colmeia original, faz a fecundação da abelha que ficará responsável pela postura dos ovos no novo ninho e, as tarefas internas e externas prosseguem.

É interessante notar que o vínculo entre a colônia original e a nova permanece, até que a conquista da sua autonomia na produção de alimento. Durante o período do crescimento populacional da nova colmeia, abelhas campeiras continuam fazendo coleta de alimento e cera na colmeia original. Após esta etapa o vínculo é encerrado e o ciclo de desenvolvimento e
crescimento continua até atingirem a sua maturidade para darem início a uma nova colônia.

Este ritmo de desenvolvimento e crescimento natural das abelhas sem ferrão pode ser interrompido quando estes ninhos são destruídos. Alguns deles estão localizados nas áreas urbanas, em espaços ocos de uma parede como exemplo, e por receio algumas pessoas acabam fechando estas entradas das abelhas nativas matando toda a colônia.

Nós Guardiões das Abelhas Sem Ferrão estamos apresentando as abelhas brasileiras com uma abordagem diferente das vistas até hoje, acreditamos que desta forma nós todos poderemos preservar e colaborar para o crescimento e desenvolvimento destas colônias.

Nas próximas Colunas vamos falar sobre mais características das nossas Abelhas Sem Ferrão Brasileiras.

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