Radares multaram mais de 3 milhões na Capital no 1º trimestre de 2016

Houve aumento de 86% em relação a mesmo período de 2015. CET informou que os radares seguem as normas legais.

Mais de três milhões de motoristas foram multados por radares na capital nos três primeiros meses de 2016, um aumento de 86% em relação ao mesmo período de 2015. Boa parte dos radares estão ocultos em pontes e viadutos.

Alguns radares fiscalizam trechos em final de rodovias onde o motorista é obrigado a reduzir  drasticamente a velocidade para se adequar à velocidade máxima permitida na capital.

Quem sai da Baixada Santista em direção a São Paulo enfrenta uma redução brusca da velocidade no último trecho da Rodovia dos Imigrantes, onde a velocidade cai de 110 km /h para 70 km/h. Os radares instalados no trecho foram os que mais multaram na capital paulista no primeiro trimestre: 71.706 autuações.

A Prefeitura diz que a localização dos radares está disponível em seu site na internet. O número de locais fiscalizados passou de 806 para 926 entre 2015 e 2016.  Os radares estão  menores.

A CET – Companhia de Engenharia de Tráfego informou que os radares seguem as normas do Conselho Nacional de Trânsito.

E que o crescimento das multas é resultado do aumento na fiscalização e do desrespeito dos motoristas às leis de trânsito.

Ação
Em maio, a Justiça aceitou ação de improbidade administrativa contra o prefeito Fernando Haddad, o secretário de Transportes Jimar Tatto, ex-secretário de Finanças Marcos Cruz e o atual secretário de Finanças Rogério Oliveira.

A juíza Carmen Cristina Fernandez recebeu a posição do Ministério Público de que todos agiram em conluio para aumentar a arrecadação de São Paulo para criar a chamada “indústria das multas”. Na ação, o MP alegou que eles elevaram consideravelmente o número de radares na cidade e que usaram o dinheiro para fins não previstos em lei.

Segundo o MP, o dinheiro deveria ter sido usado exclusivamente em segurança e educação de trânsito, como prevê o Código Brasileiro de Trânsito (CBT). Só em 2014, foram mais de 10,6 milhões de multas aplicadas aos motoristas, o que destinou quase R$ 900 milhões aos cofres públicos.

Mas, segundo o Ministério Público, o dinheiro foi usado na construção de terminais de ônibus e ciclovias. E quase 70% serviu para pagar salários, encargos e tributos da CET.

Do G1