Claudio Magalhães: 3ª edição do Rock na Praça foi um sucesso

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Na agradável tarde de inverno paulistana de domingo 26/06 na Rua 24 de Maio, em frente a Galeria do Rock, ocorreu a terceira edição do “Rock na Praça”, idealizada por Fabrício Ravelli, que contou com as bandas Mattilha, Ronaldo e os Impedidos, Salário Mínimo, Busic Gang e Golpe de Estado. E teve apoio da Prefeitura de São Paulo e da Gang dos Treze.

Foi formada uma área Vip ao redor do palco onde músicos, imprensa e convidados puderam acompanhar todo o ambiente. Um público ótimo e que lembrava o antigo Rock na Praça dos anos 80. Público que por sinal, deu um “show” a parte.

A banda Mattilha, uma pegada bem hard-rock americano abriu a tarde com seu som forte e letras em português, uma banda da nova safra e que desponta para um novo leque do Metal Paulista. Logo em seguida entrou a banda capitaneada pelo ex goleiro e comentarista, Ronaldo Giovanelli. Tocou algumas músicas de seus dois CD’s e alguns clássicos do Rock. Uma banda muito bem entrosada, com ótimos músicos, que estão começando a sair mais para as “ruas”.

A terceira atração, Salário Mínimo, dispensa comentários, China, Júnior, Diego, Marcelo e Beretta, “são um único corpo”, tamanho o entrosamento e a facilidade de leitura das músicas. Não faltaram clássicos: Anjos da Escuridão, Dama da Noite, Cabeça Metal, Fatos Reais, Anjos… E é ai que a coisa mudou de figura, a banda estava num astral tão bom, que está música, segundo China Lee, não pode deixar de fora do repertório, pois virou um tema pessoal para o público, e vi um vocalista cantando com sentimento e mostrando o lado humano/sentimental da banda. Nota 10 para a apresentação.

Os irmãos Busic entraram no palco já era noite e já se via uma névoa pairando no centro de São Paulo. Competência, profissionalismo, entrosamento… São muitos os adjetivos que podemos dar a esta banda que há anos representa perfeitamente o nome do país no mundo, não é por menos pois a banda Busic Gang mostrou um set composto por músicas das bandas onde os irmãos tocaram. Rolou som do Platina (Fascínio), Taffo (me dê sua mão), além de clássicos do Dr. Sin como Time After Time e Futebol, Mulher e Rock ‘n’ Roll. Só para entender o astral, a banda abriu sua apresentação com o clássico Perfect Stranger, do Deep Purple. Precisa dizer mais o que?

Para finalizar a noite, depois de quase uma hora de espera devido a problemas no som, a banda mais aguardada, Golpe de Estado entra no palco. Mas antes, mais uma surpresa, uma merecida homenagem a um homem que, se não fosse por ele, muito desta cena não teria acontecido. Luís Carlos Calanca, que recebeu uma placa “pelos serviços prestados ao rock desde 1978”.

Voltando ao show, em nenhum momento, banda e público conseguem esquecer do eterno Hélcio Aguirra, ex-guitarrista da banda, falecido em 2014. O Golpe é uma lenda e tem clássicos e mais clássicos. É muito bonito ver a reação do publico com a música Caso Sério, e ver que Nelson Brito, único remanescente, continua firme neste legado. Perfeito!

Um saldo positivo para esta terceira edição, que poderá entrar no mapa roqueiro paulistano, com shows todo último domingo de cada mês. Fica a dica a todos organizadores que o Heavy Metal também precisa de espaços  e apoio e que também, seu público compareça para prestigiar eventos como esse que foi de altíssima qualidade

Para maiores informações www.rocknapraca.com.br.

*Cláudio Alexandre Magalhães é escritor, poeta, músico e escreve sobre rock’n roll no Cotia Agora.

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