Coluna de Rafael Oliveira: Benemoth e o disco The Satanist, uma pedrada na orelha

Nesta coluna não temos o costume de dar atenção para sons mais parrudos e verdadeiras pancadarias, mas alguns leitores me pediram para trazer algumas bandas mais sombrias e de sons guturais para resenharmos um pouco aqui.
Na minha coleção havia um disco com essas características da banda Behemoth e um disco que negligenciei bastante o “The Satanist”.
Não se assustem com o nome é isso mesmo que vamos resenhar hoje.

Banda Behemoth, banda de extreme metal da cidade de Gdansk na Polônia se formou em meados dos anos 90 com sons característicos do tradicional black metal com uma mistura de conteúdos pagãos e depois alimentado por sons e temas mais sombrios do ocultismo. Com um som extremamente pesado e bota extremo nisso é preciso muito gás para ouvir seus discos.
Na verdade, escolhi o infernal “The Satanist” lançado em 2014 como uma pedrada na cabeça o disco já começa com um som violento “Blow Your Trumpets”, seguindo para outro som ainda tão violento quanto a faixa que abre este disco – “Furor Divinus” a segunda faixa do disco que não dá espaço para folego, é intenso, possante e sem controle.

A faixa número 3 – “Mess Noire” já mostra que o disco não é para amadores do rock, o disco mostra em um videoclipe o que seria um tipo de ritual negro, extremamente sombrio, com imagens totalmente saídas do que seria o próprio inferno.
Horrível de assistir, mas é essa a missão do disco.
A faixa seguinte é quase uma oração para o próprio Lúcifer estamos falando de “Ora Pro Nobis Lucifer”, sinceramente odeio esse estilo do black metal, é super apelativo a temas que são superestimados.

Na mesma faixa é possível ouvir uma bateria ritmada com uma força e tão combinada com as guitarras em proporções sincronizadas, com aquele vocal gutural, dando potência a pancada, no entanto menos intensa que a as canções anteriores.
O clipe dessa música se apresenta em um som negro, com luzes do palco brancas em tons que aparece como um verde lodo totalmente obscuro, parecem saídos de um pântano.

Tenho que admitir que os caros do Behemoth não economizam nas suas produções e tascam madeirada na plateia sem um pingo de dó.
A faixa número cinco é uma aberração infernal “Amen” junto com a capa do disco que remonta aquelas pinturas seculares de grandes artistas europeus, algo como enfrentando os seus demônios, bem característico para o álbum The Satanist, tudo faz sentido.
Mais um clipe bem produzido faz a sexta canção do disco que é a faixa título do disco – “The Satanist” muito barulho, perdição, cidade grande e alma errante sendo conduzida para o além, forte demais.

“Ora Pro Nobis Lucifer” essa faixa do disco é a canção para ser tocada na nossa programação, do Programa Garimpo da Rádio Meteleco – https://meteleco.net – semanalmente exibido as 16hs de segundas as sextas-feiras.
Nas canções finais do disco – “Ben Sahar” essa em especial ganha mais um estilo macabro de um viajante solitário andando pelo mundo todo, possui valores do ocultismo e simbolismos ainda mais marcantes em um clipe que é pra lá de exagerado.

A penúltima canção volta ao som violento do início do disco, nada muito diferente para “In The Absence Ov Light” uma podreira atrás da outra, precisa ter estômago para esse gosto, em algum momento do disco há um claro toque de violão simbolizando um pouco de luz no disco, depois as sombras voltam com carga máxima, sufocante, destrutivo e pesadão.
Fechamos então com uma canção de mais de 8 minutos como “O Father O Satan O Fun” uma verdadeira blasfêmia contra a santíssima trindade e um tremendo mal gosto para quem é cristão.

Enfim meus amigos, pedido atendido para quem gosta desses sons extremos, na próxima semana tem mais um na lista.

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Vamos aos clipes:

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