Coluna de Rafael Oliveira: Jack White e o disco Fear of The Dawn
Jack White o grande produtor aclamado americano, com inúmeros prêmios da música, é assim que me refiro ao mestre toda vez que falo nele no meu programa de rádio, hoje vamos resenhar sobre o disco Fear of The Dawn, na ponta da agulha como diria o “garimpeiro”.
Não é de hoje que tenho uma admiração pelo trabalho de Jack White, inclusive abri minhas edições nesta coluna com uma de suas produções, nos links abaixo vocês poderão ler nosso primeiro artigo aqui. Ainda acredito que brevemente vou fazer uma publicação especial sobre seus grandes sucessos e sua qualidade musical, vai ter assunto em galera, me aguardem.
Mas hoje as minhas impressões vão para esse disco – “Fear Of The Dawn” que foi lançado em abril de 2022 pela sua própria produtora – Third Man Records – na cidade de Nashville.
Aqui podemos notar a força e a potência do disco com o lançamento da primeira single “Taking Me Back” com aquele som pesado que caracterizou o músico durante muitos anos, não demorou para uma sequência com a faixa título do disco – “Fear Of The Dawn” dar mais exemplos do que teria o disco.
Confesso que a faixa “The White Raven” se tornou a minha preferida do disco pois trás os traços daquilo que fez o grande Jack White ser reconhecido pelo seu trabalho em – The White Stripes – um pouco de nostalgia de fã, com aqueles elementos novos e experimentais, uma coisa simples que de certa forma se torna complexa e bem mais elaborada do que vimos.
Os elementos vocais são presentes logo na canção “Hi-De-Ho (w/Q-Tip)” um estilo característico do rapper Q-Tip, que trás alguns elementos do jazz, nesse campo não é possível presumir que White esteja realmente confortável no sentido de manter o ritmo e sua sonoridade padrão, ele se inventa e vai além.
Na faixa seguinte o uso instrumental me faz lembrar algumas canções do “The Who” em Quadrophonia, impressionante a versatilidade e qualidade produtiva.
Na faixa a seguir – “Into The Twiling” uma série composta de vocais, sons bases de excelente desempenho, aquela guitarra afinada fazendo um contraponto naqueles sons experimentais malucos e ritmados, cara que qualidade incrível do som, precisa ouvir para crer. (risos).
A canção do disco com um clipe interessante onde Jack White tem apoio de uma banda por trás, vem ao som de “What’s The Trick” com elementos do estilo punk, uma canção em ritmo diferente que faz lembrar trabalhos anteriores nos discos “Lazaretto” (2014) e “Blunderbuss” (2012).
Podemos notar a enorme amabilidade que Jack White tem em relação ao seu trabalho, sua guitarra livre e solta, um produtor independente que inventa e reinventa o seu estilo, usa todos os elementos eletrônicos, sonoridades e combinações de estilo sem se perder, uma mistura que só é vista no Brasil pelo cantor baiano e que também foi produtor – Raul Seixas – claro que Raulzito não tinha metade da qualidade sonora que Jack White tem.
A faixa “That Was Then, This Is Now” tem a cara da versão da banda White Stripes, pode se dizer uma leitura do passado cheio de energia e simplicidade, onde com pouco foi capaz de entregar muito
Vou deixar essa para tocar sem dúvida, uma das minhas escolhas para tocar na setlist do Programa Garimpo da Rádio Meteleco – https://meteleco.net/ – semanalmente exibido as 16hs de segundas as sextas-feiras.
Outras duas canções mais para o final do disco é “Morning, Noon And Night” e “Shedding My Velvet” que se utilizam de sons eletrônicos bem produzidos e arranjados, não são as melhores canções do disco, mas mantêm a pegada experimental, as vezes com uma pequena dose de tristeza com o fim. A última canção do disco é totalmente parada e cansativa, um ritmo bem lento, um contraposto da guitarra e do baixo, além do som batido e leve da bateria.
Falar de Jack White não tem precedentes, tudo é de ótima qualidade e seu produto supera a expectativa do fã, sem laços com gravadoras e limites.
Conheça mais sobre esse trabalho com os seguintes temas relacionados:
- JACK WHITE – ESPERA QUE BRASIL CONSIGA RESOLVER PROBLEMAS DAS QUEIMADAS
- IGGY POP E SEU DISCO – FREE
- DEPECHE MODE – DISCO SPIRIT
- TY SEGALL – CANTOR DE SONS EXPERIMENTAIS
Essas são as minhas ligeiras impressões para esse grande disco do Jack White, vamos ver alguns dos clipes logo abaixo na publicação.
Acesse os canais de mídia Instagram: @officialjackwhite
*Rafael S. de Oliveira – Mórmon/SUD – Com oficio de Elder, Diretor de Assuntos Públicos e Especialista de Bem Estar, membro da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Vice-Presidente – O Observatório: Associação de Controle Social e Políticas Públicas da Zona Oeste de SP (mandato 2020-2023). Técnico em Políticas Públicas pelo PSDB (Partido da Social Democracia do Brasil), Engenheiro de Produção e ex-gestor por 3 grandes empresas (Luft Logistics, IGO SP e TCI BPO). Apresentador e Produtor pela Rádio Meteleco.Net (Programa Garimpo) e Colunista no Jornal Cotia Agora (Caderno de Música, Discos, Experiencias e Cultura).
