Coluna de Rafael Oliveira: O disco – Robert Plant – Carry Fire – Lento e Versátil

Pois é meus amigos, hoje eu vou falar do mestre o dinossauro do rock – Robert Plant – o eterno líder da banda Led Zeppelin e, com certeza, vamos falar um pouco sobre o disco – “Carry Fire” que ele lançou já alguns anos, mas nas minhas análises e impressões não posso deixar de lado mais essa obra-prima do mestre.

O disco de certa forma tem total desconexão com o passado glorioso da eterna banda – Led Zeppelin – que inclusive é uma das minhas bandas preferidas, gosto de todos os arranjos, os instrumentos usados, das letras quase poéticas, algumas mais encantadoras outras mais ilustradas, falar de Plant é falar com muita honra, pois é um dos maiores expoentes da música internacional e não é pouco as menções honrosas que devemos fazer para ele.

Mas indo direto ao ponto nosso objetivo é resenhar um pouco sobre o álbum – “Carry Fire” – que de certa forma fugiu bastante ao estilo que Plant vinha se dedicando ao longo dos anos que tem mais proximidade aos estilos acústicos, sons asiáticos e africanos, muita percussão e de certa forma a inclusão de sons eletrônicos, além do folk.

O som deste novo disco é bastante diferente dos sons já adotados por Robert Plant, confesso a vocês que parece até debilitado, triste e melancólico, mas o que mostra sempre a qualidade e experiência no uso de novas sonoridades e até canções.
A primeira faixa do disco – “The May Queen” – já mostra um certo dom de melancolia e um ritmo com uma voz bem mais baixa e calma, diferente dos sons eletrizantes que um dia ele já cantou, notável e diferente a experiência que ele se submeteu.

A segunda faixa – “New World” – é talvez a única canção do álbum mais forte com um pouco mais de energia, não difere muito das demais, não tenta impor um Plant a moda antiga, mas mantêm uma maturidade que talvez ele tenha adquirido com a idade dele. Alguns críticos disseram que lembra muito o estilo do Led Zeppelin, eu particularmente não percebi muita similaridade, até porque é mais um disco em ritmo parado.
Na terceira faixa do disco, algo um pouco curioso e notável na letra que fala sobre mortalidade e os limites físicos do corpo e da mente – “Seasons Songs” – será que Robert estava falando de si mesmo, sobre mesmo estando velho, com um passado de muitas experiências e glorioso, ainda pensar em novas experiências ou citando apenas o fim próximo, uma reflexão a se pensar.

As faixas seguintes – “Dance With You Tonight” e “Carving Up the World Again” não diferem da qualidade do disco anteriormente, não há muitas variações de sons.
Agora já nas faixas – “A Way With Words” senti uma qualidade diferente no estilo, um som mais instrumental e um arranjo que se assemelha as canções antigas do Led Zeppelin, esta sim tem notas da grande banda, agora a canção número sete que é faixa-título do disco “Carry Fire” eu tocaria sem dúvida, é uma das minhas escolhas para tocar na setlist do Programa Garimpo da Rádio Meteleco – https://meteleco.net – semanalmente exibido as 16hs de segundas as sextas-feiras.

O fato é que essa canção acústica, além da melodia, os sons de violão, tem uma pegada bastante folk que remete ao estilo que Robert Plant vinha desempenhando até o momento.
Talvez a canção do disco que eu mais gostei foi “Bones Of Saints” até porque ela quebra um pouco o ritmo das canções mais lentas e embala um estilo parecido com o country, os vocais são impecáveis e fora a versatilidade é possível notar algumas vozes de fundo dando cobertura, sem falar do violão que puxa notas para o country que melhoram ainda mais a qualidade.

Nas faixas finais do disco existe uma mistura de sons um pouco intrigante, como podemos notar na canção – “Keep It Hid” apresentam notas de jazz, uma qualidade experimental, me fez lembrar um pouco o jeito como David Bowie fazia suas canções, só que no caso de Robert Plant sem tanta “soturnice” e com mais elegância e estilo. O jazz, com certeza, marca o ritmo dessa canção, que poderia ser canção de algum filme de drama.
Na penúltima faixa – “Bluebirds Over The Mountain” ela ganha um estilo de clipe do imaginário, com uma dupla voz na canção, não sei ao certo quem está cantando, mas me fez lembrar um pouco PJ Harvey ou algo do tipo – Blues Pills – sei lá, mas um clipe bem produzido, dois pássaros voando sobre montanhas de toda parte do mundo, também faz referência para algum videogame das antigas, muitas fotos e imagens de locais.
O disco termina com a canção – “Heaven Sent” – que de certa forma tem notas bastantes desanimadoras e quase tristes, empregam um estilo quase parado e termina com algumas reflexões sobre a vida e as experiências vividas nela.

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Essas são as minhas ligeiras impressões para esse grande disco do Robert Plant, vamos ver alguns dos clipes logo abaixo na publicação.

Vamos ao clipe:

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*Rafael S. de Oliveira – Mórmon/SUD – Com oficio de Elder, Diretor de Assuntos Públicos e Especialista de Bem Estar, membro da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Vice-Presidente – O Observatório: Associação de Controle Social e Políticas Públicas da Zona Oeste de SP (mandato 2020-2023). Técnico em Políticas Públicas pelo PSDB (Partido da Social Democracia do Brasil), Engenheiro de Produção e ex-gestor por 3 grandes empresas (Luft Logistics, IGO SP e TCI BPO). Apresentador e Produtor pela Rádio Meteleco.Net (Programa Garimpo) e Colunista no Jornal Cotia Agora (Caderno de Música, Discos, Experiencias e Cultura).