Coluna de Rafael Oliveira: O melhor disco de Jack White dos últimos tempos – No Name

O álbum No Name, sexto trabalho solo de Jack White, lançado de forma surpreendente em julho de 2024, marca um retorno vigoroso às raízes do rock de garagem e blues punk que definiram sua carreira com o The White Stripes. Gravado e produzido por White no estúdio Third Man em Nashville, o disco foi inicialmente distribuído sem identificação, em vinis brancos, para clientes das lojas Third Man Records em Detroit, Londres e Nashville, antes de seu lançamento digital em agosto de 2024.

“Old Scratch Blues” – A faixa de abertura estabelece imediatamente o tom cru e energético do álbum, com riffs pesados e uma energia que remete aos primeiros trabalhos do White Stripes.

“Bless Yourself” – Com uma crítica afiada à busca por soluções instantâneas, White canta: “People say ‘I need God on command, God on demand’ / If God’s too busy then I’ll bless myself”, destacando sua habilidade em combinar letras provocativas com uma sonoridade intensa.

“That’s How I’m Feeling” – Uma das faixas mais acessíveis do álbum, apresenta uma melodia cativante e um refrão marcante, demonstrando a versatilidade de White em criar canções que equilibram energia e melodia.

“Bombing Out” – Com pouco mais de dois minutos, esta faixa é uma explosão de punk sujo e direto, lembrando a intensidade de bandas como The Stooges.

“It’s Rough on Rats (If You’re Asking)” – Uma mistura de blues e rock com letras que evocam empatia, abordando as dificuldades dos menos favorecidos.

Archbishop Harold Holmes” – uma crítica mordaz aos mercadores da fé, com riffs que lembram AC/DC e letras que satirizam líderes religiosos oportunistas.

“What’s the Rumpus” – Uma fusão surpreendente de R&B e metal, com influências que remetem a Michael Jackson e Soundgarden, mostrando a capacidade de White em experimentar sem perder sua identidade.

“Number One with a Bullet” – Inicia com uma vibe funk e evolui para uma energia reminiscentemente de “Radar Love”, destacando a habilidade de White em transitar por diferentes estilos dentro do rock.

“Terminal Archenemy Endling” – Encerrando o álbum, esta faixa combina psicodelia e introspecção, com letras que refletem sobre liberdade e solidão, encerrando o disco com uma nota emocionalmente profunda.

A faixa mais destacada por crítica e público em No Name de Jack White é “Bless Yourself”.

Ela se sobressai por reunir várias das qualidades que definem Jack White como artista:
• Letra provocativa, com crítica à espiritualidade superficial moderna.
• Instrumentação intensa, que remete ao rock cru do The White Stripes.
• Produção marcante, com um equilíbrio entre caos e controle.
Críticos como os da NME e Pitchfork apontaram essa música como o ponto alto do álbum, tanto pela energia quanto pela mensagem — sendo vista como um novo clássico dentro do repertório solo de White.

Portanto, eu escolho para fazer parte da setlist do Programa Garimpo da Rádio Meteleco – https://meteleco.net – semanalmente exibido às 16hs de segundas as sextas-feiras.

No Name é uma obra que reafirma Jack White como uma força criativa no rock contemporâneo, combinando a energia bruta de seus primeiros trabalhos com uma maturidade artística que permite explorar novos territórios sonoros sem perder sua essência. É um álbum que não apenas agrada aos fãs de longa data, mas também serve como uma excelente introdução para novos ouvintes ao universo musical de White.

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*Rafael S. de Oliveira – Mórmon/SUD – Com oficio de Elder, Diretor de Assuntos Públicos e Especialista de Bem Estar, membro da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Vice-Presidente – O Observatório: Associação de Controle Social e Políticas Públicas da Zona Oeste de SP (mandato 2020-2023). Técnico em Políticas Públicas pelo PSDB (Partido da Social Democracia do Brasil), Engenheiro de Produção e ex-gestor por 3 grandes empresas (Luft Logistics, IGO SP e TCI BPO). Apresentador e Produtor pela Rádio Meteleco.Net (Programa Garimpo) e Colunista no Jornal Cotia Agora (Caderno de Música, Discos, Experiencias e Cultura).