Empresário que dirigia bêbado e matou professora na Raposo Tavares é solto após pagar fiança

O motorista de 30 anos que causou o acidente que matou uma professora de dança atingida por uma caminhonete e arremessada de um viaduto, em São Roque, pagou a fiança de R$ 5 mil e manteve a liberdade provisória com medidas cautelares.

Segundo apurado pelo G1, por conta de “bons antecedentes”, a Justiça concedeu o benefício ao empresário. Entre as medidas impostas ao indiciado estão: o pagamento da fiança, a suspensão da permissão de dirigir, a comparecer em juízo, a proibição de frequentar bares, boates e casas noturnas a partir das 19h até 7h e de não se ausentar da cidade por mais de cinco dias.

O valor da fiança foi pago primeiro em R$ 2.100. O advogado chegou a pedir a diminuição da quantia com base em um parecer do Ministério Público. No entanto, o restante, de R$ 2.900, foi debitado no mesmo dia, em 13 de outubro.

Segundo a Polícia Civil, o motorista estava bêbado na noite do acidente. Na delegacia, ele afirmou que falaria apenas em juízo. Ele não apresentava lesões após a batida, mas foi constatada a embriaguez de 0,46 miligramas de álcool por litro de ar alveolar.

Andreza Oliveira, de 34 anos, estava voltando do trabalho por volta das 22h do dia 7/10, quarta-feira, quando foi atingida pelo veículo, que estava em alta velocidade. A professora foi arrastada e arremessada do viaduto, que fica no Km 58 da Raposo Tavares, na altura do bairro Gabriel Pizza.

Em entrevista ao G1, o irmão da vítima, Carlos Renato de Oliveira, lamentou a decisão da Justiça. “Eles colocaram um preço na vida dela. Ele está solto. Isso é uma injustiça”, disse.

‘Era cheia de planos’

Carlos contou ainda que a professora de dança era apaixonada pelo trabalho e que não media esforços para alcançar os sonhos. Deza, como era conhecida na cidade, foi funcionária de uma empresa terceirizada da Prefeitura de Mairinque até o fim de 2019. Ela dava aulas de ritmos e ginástica para grupos da terceira idade.
Nas redes sociais, alunos e amigos lamentaram a morte. “Grande professora de uma alegria contagiante”, dizia um dos posts.

Por Carlos Dias, G1 Sorocaba e Jundiaí