Hélio Ricardo conta o que viu e ouviu no Lollapalooza

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E depois de participar da primeira edição do Festival em São Paulo que aconteceu em abril de 2012 no Jockey Club, cinco anos depois, em novo e maior lugar, estivemos na maior edição do Lollapalooza até então, que ocorreu no Autódromo de Interlagos, e levou 190 mil pessoas nos dois dias de atrações.

Na primeira noite o local recebeu mais de 100 mil fãs de música, principalmente impulsionados pela atração principal do festival, o Metallica, que retornava a Sampa após 3 anos de sua última passagem em março de 2014. Neste mesmo dia, o Rancid também se apresentou para satisfazer seus fãs em sua primeira apresentação no país, desde que surgiu em 1991. Foram duas ótimas apresentações que demonstraram o peso de suas músicas do início ao fim de cada show.

duran

No domingo, para cerca de 90 mil pessoas, o festival teve como atração principal o The Strokes que fez uma apresentação apenas regular para fechar o dia, num show rápido e com muitas paradas entre as músicas. Não chegou a manter a empolgação da galera, e a chuva finalmente deixou sua marca, depois de ameaçar nos outros shows. Antes disso, no começo da tarde, os coroas do Duran Duran levaram um pouco de nostalgia ao festival, trazendo clássicos de seu início de carreira nos anos 80, além da participação especial da cantora brasileira Céu em Come Undone.

Com relação a estrutura do festival, alguns pontos positivos e negativos foram observados. A postura da equipe de apoio, seguranças, etc estava muito bem treinada e educada, coisa rara de se ver em eventos de grande porte. Identificação dos locais, acessos e palcos também muito bem feita e definida.

Negativamente temos que apontar as enorme filas nos bares principalmente, tanto no primeiro dia com chopp como no segundo dia com cerveja. Segundo o que pude apurar, as chopeiras não aguentaram a sede dos clientes e foram substituídas no domingo, sem êxito. O uso da pulseira (Cashless = Ingresso) com dinheiro carregado pode ter diminuído as filas nos caixas mas não resolveu na retirada dos produtos. A oscilação do sistema também causou alguns problemas no acesso, causando atraso na liberação do público. O layout tinha uma falha muito grande próximo ao Lounge no acesso ao Palco Skol pois, como haviam cercas nas laterais do palco, tinha um gargalo onde as pessoas se aglomeravam tanto para subir como para descer.

Algumas ações que foram em teoria pensadas para não causarem problemas, na prática não funcionaram. Sem dúvida que vale o aprendizado para a próxima edição.

E para não perder o costume, AQUI está nossa galeria de fotos e vídeo exclusivo do show do Duran Duran AQUI.

* Hélio Ricardo Pedroso é engenheiro, corintiano, roqueiro, louco por cerveja, futebol, rock e também futebol americano. Leia as outras colunas dele AQUI.