Prefeitura de Cotia corta transporte de atendidos pela Apae e diz que retirada de van foi pedido da instituição
O Jornal Cotia Agora recebeu nesta terça-feira (30), cerca de 15 mensagens de mães de alunos e assistidos da Apae de Cotia, reclamando que seus filhos estão sem o transporte oferecido pela entidade, que é de responsabilidade da Prefeitura, através da Secretaria de Assistência Social.
Segundo apuramos, o setor social da Apae retornou na última segunda-feira e o setor educacional somente na próxima segunda, dia 5. As mães reclamam que houve o corte para seus filhos, que tem necessidades especiais e não conseguem uma posição da Prefeitura sobre o assunto.
Nossa reportagem entrou em contato com a Apae, que disse que a responsabilidade do transporte é da Prefeitura, através da Secretaria citada. Houve diminuição na oferta de transporte para cerca de 30 atendidos pela instituição, ou seja, dos 100 alunos, 70 ainda conseguem chegar à Apae. Ainda segundo a instituição, a Prefeitura ficou de resolver ainda esta semana.
Nós apuramos que, mais uma vez houve problemas com os editais que regulamentam os recursos destinados para o transporte dos atendidos. Tentamos uma posição da Prefeitura de Cotia logo de manhã e a resposta só veio às 17h19.
*** A Prefeitura de Cotia enviou nota às 17h19 desta terça-feira:
“A van foi retirada da APAE a pedido da própria instituição conforme ofício enviado anteriormente”.
Ofício enviado pela Prefeitura:
Relato de uma das mães: “Bom dia, sou mamãe de autista e venho mostrar minha indignação em relação a postura dos nossos governantes, principalmente com os PNE, achei que fosse um direito de nossas crianças utilizarem o transporte escolar, porém a Prefeitura de Cotia tirou este direito de alguns alunos irem para a Apae, devido a diminuição de vagas para utilizar a perua. Me pergunto por quê? será que nem todos tem este direito? Além de não buscarem na casa (marcam um ponto de encontro) e quando chove ou outra dificuldade os adolescentes não podem ir, visto que muitos são cadeirantes, outros com dificuldades de andar e outro que são autistas. Enfim até quando teremos que implorar por direitos adquiridos em lei?”
Outro relato:
“Sou mãe de aluno que é atendido na Apae. Venho aqui pedir ajuda, pois meu filho especial junto a outros especiais foram excluídos do transporte, sendo que sabemos que é um direito deles, então venho encarecidamente pedir que nos ajude e ter o caso solucionado diante da prefeitura. Precisamos de uma resposta e de uma solução”.
Por Rodrigo Seixas – Repórter
