Coluna de Rafael Oliveira: Projeto solo de Bruce Dickinson – The Mandrake Project

Lançado em 2024, The Mandrake Project é o mais novo disco solo de Bruce Dickinson, vocalista da lendária banda de heavy metal Iron Maiden. Este álbum marca o retorno de Dickinson ao trabalho solo após mais de uma década, sucedendo o bem-sucedido Tyranny of Souls de 2005. Com seu estilo característico, o projeto mescla elementos de heavy metal clássico com explorações sonoras mais ousadas, como progressivo e até sinfonias orquestrais, consolidando a confiança de Dickinson como um artista versátil e questionador.

O título The Mandrake Project faz referência à mandrágora, uma planta mística envolta em lendas e superstições, frequentemente associada à magia e feitiçaria. O álbum lida com temas de ocultismo, espiritualidade e reflexões filosóficas sobre o destino, o poder e a fragilidade humana, elementos muito presentes na carreira solo de Dickinson, mas aqui de forma ainda mais intensa e madura. A produção é arrojada, com arranjos complexos e instrumentação poderosa, revelando um trabalho altamente detalhado.

“The Alchemist’s Dream” o álbum começa com uma faixa atmosférica que lembra a abertura de uma jornada épica. Guitarras limpas e uma introdução orquestral preparam o terreno antes de um riff pesado e empolgante. Dickinson canta sobre os mistérios da alquimia e a busca pelo conhecimento proibido. A transição entre momentos mais suaves e os de puro metal torna a faixa um excelente início de álbum, já mostrando a profundidade do projeto.

“Mandrake Root” uma faixa-título é marcada por um riff de guitarra hipnótico que evoca o tema da mandrágora, ao mesmo tempo fascinante e sinistro. A letra lida com o simbolismo da raiz, explorando o equilíbrio entre vida e morte. A sensação de intensidade cresce à medida que a música avança, com Bruce utilizando uma variação vocal impressionante. Uma faixa densa e cativante.

“Serpent Tongue” um dos momentos mais pesados ​​do álbum, “Serpent Tongue” apresenta um ritmo rápido e riffs cortantes. As letras discutem a manipulação, o poder das palavras e o impacto da mentira. A agressividade da música reflete o tema da traição, com Bruce explorando uma sonoridade mais áspera. Perfeito para os fãs do heavy metal mais tradicional.

“Dark Fire” aqui, o álbum toma um caminho mais sombrio e melódico, com influências de metal progressivo. A canção começa com uma introdução acústica, antes de se transformar em uma balada metal épica. O uso de teclados adiciona um clima atmosférico, e a performance vocal de Bruce se destaca pela emoção transmitida. Uma faixa que traz um fôlego no meio do álbum.

“The Invisible Chains” tematicamente, esta faixa lida com as amarras invisíveis que a sociedade e as exigências impõem sobre o indivíduo. Musicalmente, é uma faixa dinâmica, começando com um riff rápido e intercalando momentos de pura adrenalina com passagens mais calmas. Um solo de guitarra é particularmente específico aqui, com uma sonoridade quase bluesy que contrasta com o peso da música.

“Eternal Sun” uma faixa mais lenta e épica, “Eternal Sun” é um dos momentos mais emocionantes do álbum. A letra é uma meditação sobre o tempo, a mortalidade e a busca por iluminação. O uso de orquestrações cria uma paisagem sonora expansiva, enquanto Bruce explora um vocal limpo e melódico. A progressão da música é quase cinematográfica, com um crescendo poderoso no final.

“Beneath the Veil” retorna a uma sonoridade mais direta, com riffs pesados ​​e ritmo mais acelerado. Liricamente, explora a ideia de realidades escondidas e o que se encontra além do que percebemos superficialmente. O refrão é cativante, e a faixa tem um senso de urgência que a torna externamente. Uma das faixas mais “diretas” e energéticas do álbum.

“The Forgotten Scrolls” esta faixa se destaca pelo uso de elementos de música folclórica combinada com heavy metal. A guitarra acústica inicial lembra canções medievais, antes de morrer em uma parte central mais pesada. As letras falam de segredos antigos e sabedoria perdida, e a faixa parece transportar o ouvinte a um passado mítico.

“Phoenix Rise” uma faixa instrumental intensa e dramática que serve como prelúdio para o clímax do álbum. “Phoenix Rise” é cheio de solos de guitarra virtuosísticos e uma bateria pulsante. Apesar da ausência de vocais, a faixa é rica em narrativa musical, trazendo uma sensação de renascimento, como o título sugere.

“Ascension” o álbum se encerra de maneira épica com “Ascension”, uma faixa longa e ambiciosa. Bruce Dickinson retorna à temática do crescimento espiritual, buscando transcender as especificações físicas e mentais. Musicalmente, a faixa combina todos os elementos do álbum – orquestrações, riffs pesados, momentos suaves – em uma conclusão grandiosa e catártica. É uma faixa emocionalmente benéfica que termina o disco com uma sensação de resolução e libertação.

Uma faixa que se destaca é “Ascension”, a última do álbum. Ela encapsula tudo o que faz de The Mandrake Project uma obra especial: é épica, emocionalmente poderosa, e combina perfeitamente os elementos de metal progressivo, sinfonias orquestrais e a performance vocal única de Bruce Dickinson. Sua duração mais longa e a construção gradual até um clímax grandioso proporcionam uma sensação de catarse e encerram o álbum de forma memorável. Eu escolho para fazer parte da setlist do Programa Garimpo da Rádio Meteleco – https://meteleco.net – semanalmente exibido às 16hs de segundas as sextas-feiras.

The Mandrake Project é uma experiência musical densa, que exige atenção dos ouvintes. Cada faixa tem sua identidade própria, mas o álbum como um todo apresenta uma coesão temática e sonora que o torna mais do que apenas uma coleção de músicas – é uma verdadeira jornada. Os fãs da longa data de Bruce Dickinson encontrarão familiaridade em seu estilo vocal inconfundível e letras introspectivas, enquanto aqueles em busca de algo novo apreciarão as experimentações com sonoridades e arranjos. Em resumo, este álbum é um testemunho da evolução artística de Bruce Dickinson e uma adição brilhante à sua já lendária carreira solo.

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*Rafael S. de Oliveira – Mórmon/SUD – Com oficio de Elder, Diretor de Assuntos Públicos e Especialista de Bem Estar, membro da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Vice-Presidente – O Observatório: Associação de Controle Social e Políticas Públicas da Zona Oeste de SP (mandato 2020-2023). Técnico em Políticas Públicas pelo PSDB (Partido da Social Democracia do Brasil), Engenheiro de Produção e ex-gestor por 3 grandes empresas (Luft Logistics, IGO SP e TCI BPO). Apresentador e Produtor pela Rádio Meteleco.Net (Programa Garimpo) e Colunista no Jornal Cotia Agora (Caderno de Música, Discos, Experiencias e Cultura).