Coluna de Rafael Oliveira: Opeth – Sorceress, um disco medalha de ouro

Para aqueles que ainda não conhecem a banda Opeth, é um grupo de rock progressivo formado em Estocolmo na Suécia praticamente nos anos 90, o estilo musical inicial era baseado no death metal escandinavo incorporando influências do blues, jazz e também do folk.
Vocês vão poder perceber nos discos que parte das composições são feitas como interlúdios de violão e vocais guturais e também limpos, quase como líricos.

A banda lançou seu primeiro disco em 1995 com o álbum Orchid, aqui nesta coluna já falamos sobre essa banda e você poderá notar em um dos links no final desta publicação.

Pois nosso objetivo hoje é falar sobre esse disco “Sorceress” que foi lançado em 2016, mas temos razões importantes para resenhamos o suficiente sobre esse álbum incrível dessa banda.

Diferentemente dos últimos discos que o som vem se tornando mais refinado, um rock progressivo cada vez mais marcante e envolvente, longe dos acordes pesados do metal, este álbum mostra uma mudança quase que radical no paradigma de uma banda.

Se compararmos com outras bandas, quase não se poderia notar a mudança da água para o vinho, de fato o disco já é considerado consumado, mas muitas pessoas desconhecem música de verdade, a maioria se preocupa com hits, farofas e entretenimento barato e costumeiro, quase carnavalescos. Nada contra, mas gera incomodo ouvir as mesmas músicas cansativamente nos comerciais, nos vídeos do You Tube e até mesmo nas playlist dos outros.

Chega de conversa, a primeira faixa desse disco se inicia com “Persephone” que remete quase um Pink Floyd, música curta de 1 minuto e 53 segundos, excelente introdução para esse disco, até chegar a segunda faixa que recebe o nome do disco “Sorceress”, um vocal mais progressivo com arranjos bem colocados, guitarras digamos comportadas (risos).

A terceira faixa do disco ganha um clipe quase que climático, mostrando cenas dos principais monarcas desse mundo, parece bastante aventuresco, o que torna o trabalho da banda Opeth, ainda mais interessante ao longo do tempo, estamos falando da faixa – “The Wild Flowers”, um trabalho extremamente refinado, com sons de guitarras muito bem elaborados, os solos mais perfeitos que se pode notar, ao final transparece um som quase fantasmagórico com certas moderações.

Agora a faixa que eu deixo como uma das melhores do disco – “Will O The Wisp” essa eu tocaria sem dúvida, é uma das minhas escolhas para tocar na setlist do Programa Garimpo da Rádio Meteleco – https://meteleco.net – semanalmente exibido as 16hs de segundas as sextas-feiras.
Esssa canção foi alguns componentes acústicos interessantes que mostram aquele violão, seguido de um estilo folk, quase de floresta medieval, uma das composições mais brilhantes deste disco e vale a pena ouvir e até acender uma pilha de madeiras no inferno, canção que é bastante envolvente, excelente a sua produção e a versatilidade da banda em compor boas músicas. Vai com certeza para o Garimpo.

Na faixa seguinte “Chrysalis” essa um pouco mais pesada e com um desfile enorme de instrumentos, com uma forte pegada de teclados que deixam o estilo bastante semelhante as canções do Deep Purple.

Furiosamente um progressivo de quase 7 minutos e você não se perde pela irreverência, os teclados mais alucinados que já vi em uma música, com o furor das guitarras, impressionante, Opeth tem que receber medalha de ouro por isso.
As faixas mais acústicas do disco são “Sorceress 2” e “The Seventh Sojourn”, são quase climáticas, para ouvir em dias de chuva, ou talvez em momentos de grande sossego, remeteria ouvir as canções nas épocas de inverno.

A segunda música eu diria que ela lembra aos tons quase tribais e pelos instrumentos, não tem canção, apenas a sonoridade.
Com quase 9 minutos de música “Strange Brew” é longa, mas uma perfeita música, assim como as demais, não nos deixa cansados, mas alimenta a técnica que surta com o fusion na bateria de Martin Axenrot.

Agora a canção “Fleeting Glance” um som muito parecido com a canção anterior, um pouco lenta, mas que ganha força logo depois, bem cativante.
A penúltima faixa “Era” ganha oficialmente um clipe que se inicia muito semelhante ao filme “Sétimo Selo” a imagem é bastante parecida, mas o som lembra uma pegada semelhante a banda Rush, depois se torna mais aberta e envolvente, o clipe é bastante sombrio e cheio de cores escuras com uma jovem criança andando ao lado de um espírito ou qualquer coisa que se pareça como uma entidade.

Seres de pedra aparecem no clipe para admiração do jovem menino, montanhas e gárgulas gigantes.
O disco termina ao som “Persephone (Slight Return)” em uma curta trilha de piano.
Este foram os quitutes desse álbum para sua apreciação. Escute.

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Essas são as minhas ligeiras impressões para esse grande disco do Opeth, vamos ver o clipe logo abaixo na publicação.

Vamos ao clipe:

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*Rafael S. de Oliveira – Mórmon/SUD – Com oficio de Elder, Diretor de Assuntos Públicos e Especialista de Bem Estar, membro da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Vice-Presidente – O Observatório: Associação de Controle Social e Políticas Públicas da Zona Oeste de SP (mandato 2020-2023). Técnico em Políticas Públicas pelo PSDB (Partido da Social Democracia do Brasil), Engenheiro de Produção e ex-gestor por 3 grandes empresas (Luft Logistics, IGO SP e TCI BPO). Apresentador e Produtor pela Rádio Meteleco.Net (Programa Garimpo) e Colunista e Editor pelo Jornal Cotia Agora (Caderno de Música, Discos, Experiencias e Cultura).