Vereador da Capital quer limitar uso de aplicativo de transporte na cidade

Adilson Amadeu (DEM) se tornou um dos vereadores mais polêmicos deste segundo semestre pela intenção de apresentar um projeto de lei para limitar a ação dos aplicativos de transporte, como Uber, 99 e Cabify, na cidade de São Paulo. Caso aprovado, o PL vai equiparar a quantidade de carros por aplicativo a 40 mil (mesmo número de táxis na cidade) e só permitir veículos com placas da Capital.

Ele tentou apresentar o projeto para primeira votação no fim de outubro, e houve um grande protesto de motoristas por App em frente à Câmara Municipal. O PL acabou sendo tirado da pauta. Agora, garante ter os votos necessários para sua aprovação.

Em entrevista à Gazeta, Amadeu explica por que, em sua visão, essas empresas “exploram o povo” e diz que crise econômica não deve ser justificativa para manter setor como está: “Não podemos liberar geral”.

Veja parte da entrevista:

GSP – Na sua visão, quais os principais problemas dos aplicativos?
AA – Os aplicativos de transporte vêm aqui, exploram o povo brasileiro, fazem evasão de divisas e não investem no condutor dos veículos. E mais: vou provar que eles não pagam 20% do quilômetro rodado, como pactuaram com a prefeitura. A prefeitura está perdendo milhões de reais com todos esses aplicativos. Pretendo criar uma CPI para investigar essas empresas.

GSP – Há quem diga que o sr. tem essa posição por ter ligação profissional com empresas de táxi. É verdade?
AA – Nunca trabalhei no mercado de táxi, mas sou apaixonado, amo a profissão. Meu avô, Antonio Amadeu, começou a ser taxista em 1934 no Largo Santo Antonio do Pari. Meu pai e tios também foram taxistas. Desde criança aprendi a conhecer a profissão dos taxistas, a ver como eles eram unidos para atender a população da região do Brás, Pari e Canindé, de onde eu vim.

Por Bruno Hoffmann – Gazeta de S. Paulo