Coluna de Rafael Oliveira: Def Leppard e o disco chato Diamond’s Star Halos
Mais uma banda do hard rock que quero dar espaço nesse canal é o Def Leppard que por muitas vezes foi esquecida e nossa resenha de hoje é pelo disco “Diamond Star Halos”.
Como diz o garimpeiro é tudo na “ponta da agulha”, hoje vamos aproveitar um pouco para falar sobre esse disco apreciado faixa a faixa e já vamos começando com a canção “Take What You Want” o bom e velho “hardão” de uma banda setentista aqui para você gostar, ela abre o disco e por sinal possui todas as características e elementos do estilo, notável as duas guitarras e os refrões marcantes.
A banda formada por Joe Elliott (vocais), Phil Collen (guitarra), Vivian Campbell (guitarra), Rick Savage (baixo) e Rick Allen (bateria), grupo que inclusive mantêm vivo o valor das canções do estilo e sempre se deixam evoluir pelo tempo.
A segunda faixa “Kick” carregada de “backing vocal”, estilos mais limpos, guitarras bem alinhadas e preparadas no que houve de melhor do disco e segue assim até a terceira faixa do disco “Fire It Up”.
O vocalista Elliott dessa vez precisa trabalhar de forma mais limpa possível e linear, sem seus poderosos timbres do passado, usando também o “backing vocal” dos colegas para manter o bom efeito do disco.
A quarta faixa “This Guitar” é mais romântica e tem a presença de um duplo vocal (Alice Krauss) que torna a coisa mais interessante e contrasta com a voz do vocalista, um ritmo mais lento e solos mais longos de guitarra.
O disco toca rápido e já estamos na quinta faixa com a canção “SOS Emergency” e a tentativa de emplacar aqueles “Oooooh”, “aaaaaah” que joga para a multidão nos shows a responsabilidade de puxar o coro na hora certa, o estilo do hard rock em shows para lotar arenas e estádios.
A sexta faixa eu notei um certo toque que se assemelham a violão e música para tocar em volta de fogueira na praia – “Liquid Dust” os mesmos elementos estão presentes na canção a seguir “U Rock Mi” me lembrou um pouco os estilos do grunge e do rock alternativo.
Uma canção de surpreendeu pela qualidade e que de certa forma combinou os tons acústicos com lirismo e quase orquestral foi “Goodbye For Good This Time” um som experimental para a banda.
No entanto “All We Need” deixa mais da metade do disco para trás e sem nenhuma grande canção agitada o suficiente, o disco se torna cansativo e longo demais.
Não empolga o disco até o momento.
A faixa “Open Your Eyes” e “Gimme a Kiss” apelam para o classismo do hard rock, e as velhas técnicas de sempre, a qualidade do álbum vai até o chão com “Angels” (Can’t Help You Now) um melodrama bem chato e inquietante.
Está difícil escolher uma canção de destaque do disco.
O estilo rock alternativo volta ao disco com “Lifeless” e com participação em mais uma música por Alison Krauss.
A artificialidade da bateria pode ser notada na faixa – “Unbreakable”, quase pouco foi tocada e ficou totalmente estranha, como aqueles clássicos dos anos 80.
Para não dizer que não houve escolha para a setlist eu fico com a segunda faixa do disco que inclusive possui um clipe bacana no You Tube – “Fire It Up” deixo essa para o Programa Garimpo da Rádio Meteleco – https://meteleco.net – semanalmente exibido as 16hs de segundas as sextas-feiras.
O melhor é nem perder tempo na tentativa de digerir “Diamond Star Halos”, o novo álbum dos ingleses, pois os acenos a um passado há muito esquecido são quase nulos. Retrô mesmo só a música de trabalho “Kick”, que bebe na fonte de “Addicted to Love”, medalhão oitentista do cantor Robert Palmer.
Conheça mais sobre esse trabalho com os seguintes temas relacionados:
- THE DEAD DAISIES – DISCO MAKE SOME NOISE
- VOLBEAT A BANDA DINAMARQUESA E O DISCO SEAL THE DEAD & LETS BOOGIE
- O ÁLBUM DA BANDA THUNDER – ALL THE RIGHT NOISES
- O TURBONEGRO TEM QUE MORRER
Vamos ao disco:
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